GE:
Onze jogos, dez vitórias, goleadas e uma lua de mel sem fim. O início de
Renato Gaúcho como treinador do Flamengo é arrebatador. A goleada por 5 a 1
sobre o Olimpia, nesta quarta-feira, no Mané Garrincha, em Brasília, garantiu
a classificação para a semifinal da Libertadores e tornou ainda mais
impressionante a estatística de um time que não cansa de demonstrar fome de
gol. Nada que fizesse o comandante abrir mão do discurso polido que se tornou
habitual desde que chegou ao clube.
Com o placar diante dos paraguaios, são 101 gols em 44 jogos em 2021. De
quebra, o trio Bruno Henrique, Arrascaeta e Gabigol alcançou a marca de 201
desde que se juntaram, em 2019. Sob o comando de Renato, são 36 gols marcados,
nove sofrido e um treinador orgulhoso de sua equipe, mas que prega pés no
chão:
"Não temos que pensar na decisão. O objetivo é esse, mas temos uma semifinal
pela frente. Não acho que o Flamengo seja favorito"
- Vamos respeitar Barcelona e Fluminense, e fizemos a nossa parte. Vamos
esperar o adversário sabendo que é uma partida de 180 minutos e encontraremos
dificuldade.
O Flamengo agora aguarda o confronto entre Barcelona e Fluminense,
quinta-feira, em Guayaquil, no Equador, para conhecer o adversário na
semifinal. A primeira partida, no Maracanã, terminou empatada em 2 a 2.
Domingo, a equipe tem pela frente o Ceará, às 16h (de Brasília), no Castelão,
pela 17ª rodada do Brasileirão.
Confira outros trechos da entrevista
Apetite ofensivo
Temos um grupo que joga sempre para vencer. Treinamos bastante, criamos
bastante e o mais importante é ter o aproveitamento bom quando as chances
aparecem. Buscamos isso, que é resultado do trabalho. São jogadores
diferenciados, de seleção, acima da média e que criam bastante.
Boa fase de Gabriel
- É importantíssimo para o grupo. Faz muitos gols, ajuda a equipe e procuro
dar conselho, corrigir para que faça gols. É um dos jogadores que garante o
emprego do treinador. É importante fazer gol não só de perna esquerda. Tem que
chutar de direita, de cabeça... Espero continuar ajudando para seguirmos
avançando nas competições. O Flamengo respeita todos os adversários, mas joga
sempre para vencer e ser campeão. Para isso, precisamos de jogadores como o
Gabigol.
Provocação do Olimpia
- Converso bastante com o grupo durante a semana nas preleções justamente para
que não entrem em provocação. Temos um grupo forte, bom e o objetivo é sempre
vencer, passar de fase. Chegamos a uma semifinal e o objetivo, respeitando
qualquer adversário, é passar também para a final. Não podemos entrar em
provocações porque um cartão pode fazer a diferença na frente. Peço calma e
que não provoquem. Minha equipe não provoca, tem o maior respeito.
Intensidade
- É uma exigência que faço ao meu grupo. Cobro muito. O maior respeito ao
adversário é fazer o gol sem tirar onda, dar chapéu, caneta... Meu grupo é
muito sério. Se tiver chance, tem que fazer gol. Quanto mais gol fizer, mais
tranquilidade terá a equipe.
Goleadas
- Você não pode prever o futuro, mas a gente sempre trabalha para vencer.
Falei para entrarmos ligados e 1 x 0 seria goleada. O grupo cria bastante e
faz os gols, não desperdiça. O grupo é forte e foi montado para isso. Estamos
disputando três competições e o objetivo é conquistar os títulos. Temos que
pensar grande.
Reforços
- É difícil falar que não tem mais espaço no grupo. Independentemente do
elenco, todo reforço é bem-vindo. Quanto mais forte o grupo, mais chance
teremos de conquistar. O Kenedy vai ser muito bem-vindo, conheço de 2014 no
Fluminense, estava na Europa e tem muita qualidade.
Adaptação ao Flamengo
- Se é o Flamengo do Renato, eu não sei. Mas sei que onde trabalho, eu gosto
de alegria, entrega e responsabilidade. Não deixo de cobrar do grupo nos
treinos, nos jogos, mas é um grupo muito responsável. Temos o mesmo objetivo,
que é buscar títulos. Seremos cobrados por todos e gostamos de
responsabilidade e desafios.
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Imagem: Conmebol
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