Os principais goleadores do Flamengo, Pedro e Gabigol, deixaram de lado as
declarações protocolares e, nas últimas semanas, expressaram suas
insatisfações com as situações vividas no clube. Os posicionamentos dos
jogadores foram considerados normais, e as preocupações dos atacantes foram
vistas como um dos desafios que Jorge Sampaoli assumiu ao se tornar o novo
técnico da equipe. Nesta quarta-feira, ele fará sua estreia na Libertadores
contra o Ñublense.
Pedro e Gabigol tiveram sucesso como dupla em 2022 sob o comando de Dorival
Júnior, mas voltaram a ser concorrentes sob o comando de Vítor Pereira, que
prioriza os pontas e tem apenas um homem como referência. O esquema do
português é semelhante ao dos últimos trabalhos de Sampaoli. A questão é se o
técnico argentino conseguirá encaixar os dois talentos em sua equipe, o que
foi um tema abordado em sua apresentação.
O episódio mais recente envolveu Pedro, que foi retirado da equipe por Mario
Jorge na estreia do Brasileirão, entre a saída de Vítor Pereira e a chegada de
Jorge Sampaoli. Após entrar na segunda etapa e marcar um dos gols da vitória
sobre o Coritiba, o camisa 9 deixou claro: "Para ser sincero, sempre respeito
a decisão do treinador, mas não concordei com o que venho fazendo."
Duas semanas antes, Gabigol foi reserva na vitória do Flamengo sobre o
Fluminense, na final do Campeonato Carioca, e também foi sincero. Ele revelou
uma conversa que teve com VP, revelando seu desconforto com a posição em que
estava sendo utilizado e pediu para voltar a jogar como centroavante.
No Ninho do Urubu, os posicionamentos foram considerados naturais. Pedro e
Gabigol são dois dos principais jogadores do futebol brasileiro. Pedro está em
seu melhor momento desde o segundo semestre de 2022, chegando à Seleção
Brasileira e sendo o atual artilheiro da equipe. Enquanto isso, Gabigol, além
de sua representatividade e história no clube, assumiu o papel de líder em
2023.
É esperado que ambos os jogadores desejem ter mais minutos em campo e manter
um desempenho de alto nível. A partir de agora, cabe a Jorge Sampaoli usá-los
da melhor forma e lidar com as questões no vestiário.
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