Os bastidores do Flamengo estão fervendo após a derrota na final da Recopa
Sul-Americana para o Independiente del Valle. O clima na Gávea é de
insatisfação e cobrança por parte da torcida e dos dirigentes do clube.
Um dos principais alvos das críticas é o vice de futebol Marcos Braz. O
dirigente, que teve participação fundamental na montagem do elenco, está sendo
questionado por suas escolhas e pela falta de resultados recentes.
No entanto, apesar da pressão interna, a atual gestão liderada por Rodolfo
Landim não tem planos de remover Braz do cargo. Segundo informações do
jornalista PVC, a saída do dirigente poderia gerar uma crise política ainda
maior e dificultar a gestão de Landim.
"O terceiro troféu perdido pelo Flamengo este ano, traz de novo à tona o
nome de Marcos Braz. É claro que existe uma divisão histórica entre a
Gávea e o Ninho do Urubu. Na Gávea, muita gente pensa em tirar o Braz. Não
é simples pela questão política. Ano que vem tem eleição no Fla", disse PVC
Isso porque, caso Braz seja demitido, Landim precisaria se aliar ao grupo de
Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo, para voltar a se
fortalecer. Bandeira de Mello, que comandou o clube entre 2013 e 2018, tem uma
relação conturbada com a atual diretoria e pode representar uma ameaça ao
projeto de Landim.
"Uma saída do Marcos Braz, embora não criasse uma força para candidatura
à presidência no ano que vem, criaria uma ruptura no grupo que hoje dirige
o Flamengo. Obrigaria, em tese, uma aproximação com o que foi o outro lado
da eleição de 2018. Ou seja, o SóFLA (Sócios pelo Flamengo), de Ricardo
Lomba. Isso não está muito em cogitação neste momento", acrescentou.
Por isso, a estratégia política da gestão é manter Braz no cargo e tentar
encontrar soluções para os problemas do time. A pressão da torcida e da
imprensa, no entanto, só aumenta a cada jogo sem vitória e a cada decisão mal
sucedida.
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