O Flamengo disputou na noite desta terça o título da Recopa contra o
Independiente del Valle, precisando vencer por dois gols de diferença para ter
o título, o time conseguiu vencer apenas por 1 a 0 e não conseguiu marcar
durante os 30 minutos da prorrogação, perdendo por 5 a 4 na decisão por
pênaltis.
O jornalista Carlos Eduardo Mansur em seu espaço no GE, comentou sobre a
mudança no estilo de jogo do Flamengo de Vítor Pereira, em relação a do ano
passado, comandada por Dorival Jr. onde segundo o jornalista o time usou uma
formação raramente vista nesses últimos anos e passou a buscar mais os lados
do campo em vez do centro, como era habitual na equipe de 2022.
"A começar pelo sistema, raramente usado por esta equipe desde 2019.
Mesmo com Paulo Sousa, conta-se nos dedos quantas vezes o time defendeu
numa linha de cinco homens.
Mas a maior mudança tem a ver com o mais notável traço de identidade do
Flamengo no ano passado: no lugar de resolver as jogadas preferencialmente
pelo centro, o time passou a buscar os lados. É fato que, em parte, os 39
cruzamentos dos 90 minutos iniciais se deveram a um segundo tempo em que o
time já não achava caminhos. No entanto, a etapa inicial teve Varela e
Ayrton Lucas encontrando as costas dos alas do Del Valle. Por ali saíram
as melhores jogadas. No segundo tempo, com os equatorianos defendendo mais
perto do próprio gol, foi mais duro achar estes espaços e o Flamengo não
fluiu".
Segundo o jornalista, o treinador português Vítor Pereira tem uma preocupação
com a largura do campo e busca que o Flamengo ataque sempre com homens
abertos, buscando espaçar as defesas adversárias. Isso implica em um jogo mais
vertical, em que o time busca resolver as jogadas em ações mais rápidas, ao
invés de construir ataques em mais passes, como no ano anterior.
"Foi justamente por aprofundar os alas e buscar o jogo pelos lados que
Vítor Pereira, o atual responsável pela busca do equilíbrio neste Flamengo
desafiador, acrescentou Thiago Maia à linha defensiva. O treinador
português, aliás, tem uma preocupação com a largura do campo. Ou seja,
parece querer que o Flamengo ataque sempre com homens abertos, buscando
espaçar as defesas rivais. Algo que nem sempre o Flamengo buscou nos
últimos anos. Em 2022, por exemplo, não havia um homem abrindo o campo
pelo lado esquerdo, por exemplo".
"Outra consequência do modelo foi a forma vertical como o rubro-negro
atacou no segundo tempo. O time quase sempre buscava os lados em
aceleração, buscando resolver as jogadas em ações mais rápidas. É outra
mudança em relação a uma equipe que se habituou a ficar com a bola e
construir ataques em mais passes".
O jornalista aponta que, embora possam haver discordâncias sobre as escolhas
do treinador, é importante não decretar um possível fracasso ou vitória
antes que o processo seja concluído. Ainda enfatiza que o clube enfrenta
desafios complexos, como pressões políticas e fragilidades no projeto
esportivo, que podem contribuir para a criação de obstáculos ao longo do
caminho.
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