Assim como Felipão, no jogo de ida da Copa do Brasil, Mano Menezes armou uma
baita retranca para enfrentar o Flamengo, pelo Brasileiro, no Maracanã. Assim
como naquela partida, o rubro-negro carioca criou muitas oportunidades para
marcar, mas não conseguiu balançar a rede. Assim como fora contra o Athletico,
o goleiro do Internacional foi o melhor em campo, realizando pelo menos quatro
grandes defesas. Motivos de preocupação extra, em relação às finais da Copa do
Brasil e da Libertadores ? Não creio.
É compreensível a frustração de parte da torcida do Fla, que esperava uma
grande vitória, para chegar ao primeiro confronto contra o Corinthians , na
Neo Química Arena, cheio de moral. Mas o empate em 0 a 0 com o Inter não é
motivo suficiente para duvidar da performance dos cariocas nas finais. Se
alguém teve algo para se preocupar foi o Corinthians, que também atuou
completo contra o lanterna do campeonato e ficou no empate em 2 a 2.
O que merece reflexão, por parte de Dorival Júnior, é a péssima forma que
Rodinei ostenta após a paralisação pelas Datas Fifa. Se suas limitações na
marcação sempre foram conhecidas (e todos os seus adversários buscam
explorá-las), sua recente ineficiência no apoio ao ataque é a péssima notícia.
Pesado e sem iniciativa se tornou peça nula no ataque e os tempos de "avión"
(como o chamou Arturo Vidal) parecem coisas de um passado remoto.
Não creio que Dorival vá tirá-lo do time. Mas imaginar o que poderá acontecer
com Roger Guedes e Yuri Alberto jogando às suas costas é, sim, motivo de
insônia para a torcida rubro-negra. Muito mais que os gols que o Flamengo não
foi capaz de marcar diante do Athletico Paranaense , na ida da Copa do Brasil,
ou neste último jogo, contra o Inter, pelo Brasileiro, autêntico
coletivo-apronto para as finais que disputará nas próximas quarta-feiras.
Dificilmente, Vitor Pereira repetirá uma retrancas como as de Mano e Scolari,
no primeiro jogo da Neo Quimica Arena. O Corinthians precisa vencer em casa,
para sonhar com o título, no Maracanã. E isso pode facilitar o trabalho de
Éverton Ribeiro, Arrascaeta, Gabriel e Pedro. Cassio é mais goleiro que Bento
e Keiller. Mas precisará pegar tanto quanto eles, para evitar os gols de um
dos ataques mais mortíferos do continente.
Imagem: Divulgação
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