Flamengo enumera erros e lições e vê reação em final como 'casca' para Libertadores




Extra: Uma final de campeonato é uma fotografia de como os times chegam após uma trajetória vencedora em uma competição. E ao analisar o desempenho do Flamengo no Maracanã contra o Corinthians, apesar do título, ficou a impressão de que o filme da Copa do Brasil poderia sair queimado. Mas em que pese a postura recuada após o gol de Pedro, e a posse de bola muito baixa ao longo dos 90 minutos, a forma como a equipe reagiu a essa circunstância do jogo foi vista de maneira positiva, sem passar pano para os problemas, e já de olho na final da Libertadores, contra o Athletico-PR, no dia 29.


A diretoria entende que as substituições de Dorival e as opções táticas atrapalharam o rendimento da equipe no segundo tempo, mas dá crédito ao treinador por todo o trabalho. Ponto pacífico que Matheuzinho, Victor Hugo e Cebolinha não entraram bem. O técnico mesmo reconheceu que foram raros os momentos em que o time se apresentou dessa forma.


"Nossos jogos foram na maioria de altíssimo nível", disse. Em campo, entretanto, não orientou qualquer recuo antes de fazer as mudanças, e se desesperou por vários momentos com a postura vista. Com o Maracanã atônito com o que acontecia, Gabigol surgiu com uma explosão que incendiou o estádio na penúltima cobrança de pênalti, e aumentou a confiança para o título.


- O Flamengo por filosofia não joga defensivamente, tem que pressionar e tem que atacar. Isso cabe a nós dentro de campo. A instrução do Dorival foi outra. Acabamos defendendo naturalmente. Ah, faltam 15 minutos, 12 minutos, vai defendendo e para de jogar, defende dentro da sua área, e tudo pode acontecer. Serve de lição. Somos mais do que isso - disse Filipe Luís.

Sem queda física

O departamento de futebol também viu o Flamengo controlar 140 dos 180 minutos em duas partidas da final, e ficar perto de resolver o jogo da volta se não houvesse impedimento milimétrico de Gabigol ainda no primeiro tempo. Uma outra leitura interna é que a final é uma circunstância em que as forças se equilibram. Mesmo com um início superior, o Flamengo viu o Corinthians reagir e não conseguiu se impor mais. Foram raros os momentos em que o time rubro-negro, após o gol, ficou com a bola no ataque.


Ao notar essa dificuldade, Dorival tirou Vidal, depois Pedro e Arrascaeta. Não houve uma razão física para isso, pois o clube entende que o controle de carga dos atletas vem sendo bem trabalhado. Embora conviva com dores no púbis, o uruguaio tem feito um trabalho especial para jogar perto de seu máximo até a final da Libertadores.

O comportamento coletivo, porém, teve um sinal de nervosismo e ansiedade que este grupo não havia apresentado. E no Flamengo a sensação após o título é que essa vivência permitiu que se crie mais casca ainda em um elenco experiente, mas que na prática tem em seu onze ideal muito pouca gente disputou os últimos títulos na Gávea. Apenas David Luiz, Filipe Luis, Éverton Ribeiro, Arrascaeta e Gabigol atuaram na final da Libertadores do ano passado.

Imagem: Divulgação

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