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A escalação do Flamengo diante do Audax, com apenas um zagueiro de origem,
Gabi e Pedro juntos e Matheuzinho de ala, entre outras novidades, gerou grande
repercussão ao ser divulgada. Após a vitória por 2 a 1, no Raulino de
Oliveira, o técnico Paulo Sousa respondeu sobre as opções feitas, reforçando
que o processo de formação da equipe será respeitado, oferecendo minutos aos
jogadores e fazendo experiências, como foram feitas nos últimos jogos.
- Os processos são esses. Não escondi desde o início. A equipe sabe o modelo
de jogo que pretendemos, sobretudo ter o domínio do jogo, dos adversários, com
bola, criar várias oportunidades de gol, sermos fortes nas transições
defensivas, ter uma boa organização defensiva. Qualquer jogador, em qualquer
posição, a nível de conceito, tem que saber - afirmou o técnico, antes de
seguir:
- Pretendemos dar minutos a todos, o que também não escondi, e quero expô-los,
de maneira positiva, a essa aprendizagem para tomarmos melhores decisões.
Todos os jogos contam, hoje foi mais um - completou Paulo Sousa.
Mantendo o esquema de jogo com uma primeira linha com três homens (Isla, pela
direita, Léo Pereira, ao centro, e Filipe Luís, à esquerda), Paulo Sousa fez
uma avaliação da apresentação desta quinta, especialmente sobre o
lateral-direito chileno, que atuou na função pela primeira vez sob o seu
comando.
- Teve algumas dificuldades (a linha defensiva, principalmente o Isla).
Primeiro porque foi um dos últimos que chegou após as Eliminatórias
(Sul-Americanas, ao defender o Chile). Em termos de zagueiros, temos uma
dificuldade em termos numéricos, em relação a jogadores frescos, que possam
jogar. Entendemos que o Isla poderia fazer essa posição - respondeu Paulo
Sousa.
Durante a partida no Raulino de Oliveira, Paulo Sousa também ouviu alguns
xingamentos vindo das arquibancadas. Na coletiva após a vitória, mostrou
encarar com naturalidade as críticas - e também os elogios - dos torcedores.
- A torcida é muito passional. Essas coisas acontecem, não só aos treinadores,
mas também aos jogadores. Essa paixão, conforme ganhamos, nos colocam lá em
cima, outras vezes nos criticam. Isso faz parte do nosso dia a dia. Acabam por
ter razão, pois estão nos estádios e querem ver suas coisas. A paixão deles os
leva a serem diferentes hoje e amanhã - afirmou o treinador do Flamengo.
Confira outras respostas de Paulo Sousa, técnico do Flamengo:
Avaliação da apresentação diante do Audax
- Na primeira parte, sobretudo, tivemos dificuldades pois o Alex (Alves,
técnico do Audax) foi muito bem na organização defensiva, diferenciou a
estrutura em relação aos jogos anteriores. Teve duas linhas bem juntas, muito
próximas dos nossos volantes. Foi muito raro nossos volantes olharem o jogo de
frente.
- Deveríamos ter mais capacidade de fazer como o Filipe, atacando o espaço e
criando superioridade. Isso foi pouco, e quando fizemos criamos possibilidades
de gol. Corrigimos na segunda parte, tivemos bem melhor. Depois, quando
baixamos a concentração, também tivemos uma dificuldade física. Foram muito
superiores a nós.
Importância de David Luiz e Bruno Henrique
- Claro, são jogadores fundamentais no elenco, com muita experiência em termos
defensivos, em termos de construção, como é o David Luiz. O Bruno dá
profundidade à equipe, capacidade de gol, muito importante no jogo aéreo, como
tivemos dificuldades hoje, com o nosso adversário superior, em números de
altura e físico. São jogadores fundamentais. Eles têm evoluído. Espero que
possam estar prontos para a final (da Supercopa do Brasil, no próximo dia 20).
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Imagem: Divulgação
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