Por Leo Burlá | Uol:
Pressionado por atuações ruins recentes, o Flamengo volta a campo para mais um
capítulo de sua maratona de jogos antes da finalíssima da Libertadores . Hoje
(11), os rubro-negros recebem o Bahia, 19h, no Maracanã, pelo Brasileiro, em
partida com algum simbolismo para Renato Gaúcho.
Contratado para substituir Rogério Ceni, o treinador fez sua estreia na
competição justamente contra o Tricolor. Na ocasião, uma goleada por 5 a 0
encheu o torcedor de esperanças e otimismo, mas a situação virou e, um turno
depois, as situações do time e do próprio comandante viraram de cabeça para
baixo.
Alvo preferencial de parte da torcida, Renato está na mira da arquibancada
depois da eliminação na Copa do Brasil. a missão quase impossível de levantar
o tricampeonato nacional também entra nessa conta. Criticado pelo desempenho
do time, Renato enumera as lesões e as convocações para justificar um
rendimento que também tem um apoio positivo na estatística. Dos 60 pontos
disputados por ele, o Fla venceu 39, totalizando um índice de 65% de
aproveitamento. Esse jogo a mais na conta deve-se ao compromisso atrasado
diante do Athletico.
No momento, a matemática não parece acalmar os rubro-negros e a preocupação
para a decisão em Montevidéu cresce a medida que o tempo passa. Com o
departamento médico lotado, o técnico tem tido problemas para encontrar
soluções e a desconfiança ronda a Gávea.
Após o empate por 2 a 2 contra a Chapecoense , um jogo marcado por polêmicas
de arbitragem, ele admitiu que o futebol está aquém do esperado, porém
prometeu uma equipe na ponta dos cascos contra o Palmeiras.
"No dia 27 será um jogo atípico, um jogo de 90 minutos totalmente diferente.
São várias cabeças aqui pensando no que é melhor, mas o torcedor pode ficar
tranquilo que no dia 27 estaremos inteiros para a decisão", disse ele.
Sob fogo cruzado, o comandante sabe que a matemática não terá valor algum se o
caneco não vier, embora Ceni tenha deixado o clube com apenas 42,8% de
aproveitamento de pontos no Brasileiro. A taça continental, então, surge como
uma espécie de última chance para que o ex-jogador também dê a volta olímpica
como técnico.
"Eu tenho minha culpa? Lógico que tenho. É lógico que estamos devendo
bastante, mas vamos melhorar. Podem ter certeza", prometeu.
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Imagem: Thiago Ribeiro
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Renato Gaúcho