Além dos adversários em campo, o Flamengo terá que enfrentar o desafio da
logística na fase de grupos da Libertadores. Em um intervalo de menos de um
mês, a equipe rubro-negra fará deslocamentos para Argentina, Equador e Chile,
tendo que percorrer quase 20 mil quilômetros no total, incluindo uma viagem de
ônibus.
O primeiro compromisso do Flamengo fora de casa será logo na estreia na
competição, contra o Vélez Sarsfield. A partida está marcada para a próxima
terça-feira (20), às 21h30 (de Brasília), no Estádio José Amalfitani, em
Buenos Aires. Somando a ida e a volta da capital argentina, a delegação
rubro-negra irá percorrer cerca de 4 mil km aéreos - a viagem mais curta e
simples das três.
Duas semanas depois, será a vez do Flamengo voltar a um destino conhecido nos
últimos anos: a cidade de Quito, para enfrentar a LDU. Em 2019, o clube também
viajou à capital equatoriana para encarar o mesmo adversário pela fase de
grupos do torneio. No ano passado, foram dois deslocamentos para enfrentar o
Independiente del Valle - um pela Recopa Sul-Americana e outro pela fase de
grupos da Libertadores.
Além da sempre temida altitude de 2.850 metros de Quito, essa será a viagem
mais longa das três em termos de distância percorrida. No total, o Flamengo
viajará cerca de 9.100 km aéreos para ir e voltar da capital do Equador. Para
aliviar o desgaste, a tendência é que a diretoria rubro-negra frete um voo
para levar jogadores e comissão técnica, assim como foi feito nos anos
anteriores.
A logística mais difícil, porém, deve acontecer no último deslocamento do
Flamengo nesta fase. Diferentemente de Vélez e LDU, o Unión La Calera, do
Chile, não fica sediado na capital do seu país. Para piorar, o aeroporto mais
próximo ao Estádio Municipal Nicolás Chahuán Nazar fica a 41 km de distância,
na região de Valparaíso.
Apesar dessa opção mais próxima, a tendência é que o Flamengo faça o trecho
Rio de Janeiro-Santiago de avião e se estabeleça na capital chilena. Afinal, a
principal cidade do país oferece uma melhor infraestrutura hoteleira e mais
opções de centros de treinamento para realizar um último treino antes da
partida. Assim, a delegação deve seguir de ônibus para La Calera - que fica a
120 km de Santiago - apenas no dia do confronto.
Esta foi, inclusive, a logística adotada por Chapecoense, Atlético-MG e
Fluminense - equipes brasileiras que enfrentaram o Unión La Calera nas últimas
temporadas. Somando todos os trechos de avião e ônibus, o Flamengo deve
percorrer cerca de 6.100 km para ir e voltar ao Rio de Janeiro.
Trajetos na fase de grupos da Libertadores (ida e volta):
- Buenos Aires (ARG) - 3.989,3 km
- Quito (EQU) - 9.114,8 km
- La Calera (CHI) - 6.120,5 km (5.880,5 km de avião + 240 km de ônibus)
- TOTAL: 19.224,6 km
Como comparação, o Flamengo percorreu uma distância parecida na fase de grupos
da Libertadores 2020. Em um grupo com Junior Barranquila (COL), Independiente
del Valle (EQU) e Barcelona de Guayaquil (EQU), o clube poderia viajar quase
30 mil quilômetros, mas foi beneficiado com dois jogos em sequência no
Equador. Dessa forma, o Rubro-Negro economizou uma viagem e percorreu cerca de
19.600 km, somando todos os trechos de ida e volta.
Antes de iniciar a campanha em busca do Tri da Libertadores, o Flamengo ainda
tem dois compromissos pela Taça Guanabara. O primeiro será nesta quinta-feira,
às 19h (de Brasília), contra o Vasco, no Maracanã. Em seguida, no sábado, o
Rubro-Negro enfrenta a Portuguesa no último teste antes da maratona pela
América do Sul.
VEJA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Fonte: https://www.lance.com.br/flamengo/com-direito-viagem-onibus-percorrera-mais-mil-fase-grupos-libertadores.html
Imagem: Alexandre Vidal
0 Comentários
Deixe seu comentário