Governo Federal pede ao tribunal regional que mantenha anulação do leilão do terreno do Gasômetro


O governo federal pediu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) que mantenha a suspensão do leilão agendado para esta quarta-feira (31), no qual o Flamengo pretendia adquirir o terreno do antigo Gasômetro para a construção de seu estádio. A solicitação foi feita em uma ação popular que já havia resultado na suspensão do leilão em primeira instância. O governo sugere que o presidente do TRF2 mantenha a suspensão até que a questão seja analisada pela Câmara de Conciliação da Advocacia Geral da União (AGU).


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A Câmara de Conciliação da AGU é responsável por buscar soluções consensuais para conflitos envolvendo órgãos da administração pública federal. Embora essa ação possa atrasar a aquisição do terreno pelo Flamengo, sua intervenção tem o potencial de evitar um prolongado litígio jurídico sobre a desapropriação, que poderia criar incertezas para o clube.

A União argumenta que o município possui uma dívida de R$ 426 milhões relacionada ao foro de Marinha do terreno. Segundo a União, a venda do terreno a um particular através do leilão dificultaria a cobrança dessa dívida.


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Walter Monteiro, advogado e conselheiro do Flamengo, comentou em uma live da TV MRN que a resolução da dívida antes do leilão seria benéfica para o Flamengo. “É muito melhor que essa dívida seja resolvida antes do leilão. Se o leilão ocorrer e a dívida não for sanada, o Flamengo pode acabar adquirindo não só o terreno, mas também essa dívida. Se a União afirma que a dívida existe, é prudente esperar para evitar futuros problemas”, disse Monteiro, embora tenha observado que estava comentando com base nas informações disponíveis no momento.

O leilão, inicialmente marcado para as 14h30, foi suspenso pelo juiz Marcelo Barbieri da 7ª Vara da Justiça Federal. A suspensão decorreu de uma ação popular impetrada por Vinicius Custódio, que alegou que o terreno pertence à Caixa Econômica Federal, que administra o fundo imobiliário com o FGTS como único cotista. De acordo com essa alegação, a desapropriação pelo município necessitaria da aprovação do presidente da República. No entanto, o pedido do governo federal para manter a suspensão do leilão não está relacionado com essa alegação.


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Além disso, em uma ação separada, o TRF rejeitou o recurso da Caixa Econômica Federal que visava suspender o leilão por suposto desvio de finalidade, alegando que a desapropriação estava direcionada para a construção do estádio do Flamengo.

Imagem: Divulgação

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