Auditor do tribunal nega perseguição a Gabigol, Flamengo discorda


A decisão de suspender Gabigol por dois anos provocou intensos debates e divergências quanto à severidade do julgamento. Ivan Pacheco, um dos auditores do Tribunal de Justiça Antidopagem Desportiva (TJ-AD), disse que o veredito foi baseado estritamente no código regulamentar, seguindo todos os procedimentos legais.

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Segundo Pacheco, "A pena é baseada no código. Todos os ritos processuais e legais foram cumpridos. Ninguém inventou essa pena para o Gabigol, não se fez um julgamento especial porque é ele. O rito seguiu estritamente de acordo com o regulamento."

Tanto Gabigol quanto o Flamengo alegam terem sido surpreendidos pela punição e planejam recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS). O clube entende que uma punição desse tamanho só aconteceu por se tratar de Gabigol. O clube acha que o artilheiro deu visibilidade ao caso e alega que não houve fraude por parte do jogador, e sim um mau comportamento.

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Ivan Pacheco explicou que a denúncia e subsequente condenação foram motivadas por irregularidades durante o procedimento de coleta de amostras, que foram caracterizadas como uma tentativa de fraude: "O controle, a coleta das amostras, todo procedimento da notificação dos atletas até lacrarem as amostras e mandar para o laboratório seguem um padrão internacional. Segundo os oficiais de controle que foram coletar as amostras do Gabriel, ele não manteve esse padrão. Eles caracterizaram isso como tentativa de fraude."

Especialistas consultados pelo UOL também apontaram uma série de problemas no comportamento de Gabigol durante o processo de coleta de amostras. Um profissional que preferiu não se identificar ressaltou que houve falta de cordialidade, além de irregularidades na demora para a coleta e no modo como ela foi feita.

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Profissionais do doping classificam o caso como "incomum". Alguns chegam a levantar a pergunta sobre o que motivou essa situação e a forma como o camisa 10 agiu. Além disso, há controvérsias nos depoimentos apresentados durante a sessão, incluindo, o horário de chegada da equipe ao Ninho do Urubu e se de fato nenhum agente acompanhou a coleta de urina.

Se o recurso ao CAS não for aceito, Gabigol terá que cumprir cerca de um ano da suspensão, iniciando a contagem a partir da data do exame realizado em abril de 2023. O processo de apelação pode levar até seis meses para ser concluído, o que implicaria na perda de toda a temporada para o jogador.

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O Flamengo, em comunicado público, expressou sua surpresa com a decisão e afirmou que auxiliará o jogador no recurso ao CAS, argumentando que não houve fraude justificadora da punição.

Por sua vez, Gabigol se pronunciou afirmando que gostaria de esclarecer sobre o julgamento, negando qualquer tentativa de fraude no exame antidoping.



Imagem: Divulgação

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