No mundo do futebol, algumas disputas vão além dos campos e ganham os
tribunais, e é nesse cenário que a advogada Gislaine Nunes se destaca como uma
especialista em direito esportivo. Conhecida por quebrar vínculos
profissionais de diversos jogadores consagrados, ela ficou famosa por
representar o craque Ronaldinho Gaúcho em uma grande batalha jurídica contra o
Flamengo.
Gislaine Nunes, que já foi apelidada de "Princesa Isabel" pelos jogadores,
ganhando carta de alforria para a maioria deles nos embates jurídicos,
concedeu uma entrevista exclusiva ao blog Drible de Corpo e deu sua opinião
sobre um dos assuntos mais polêmicos do momento: o Caso Pedro.
O centroavante Pedro, do Flamengo, registrou um boletim de ocorrência após ser
agredido com um soco no rosto pelo preparador físico do clube, após uma
vitória contra o Atlético-MG. Diante desse incidente, surgiram especulações
sobre a possibilidade de Pedro acionar o Flamengo na Justiça e pedir rescisão
indireta do contrato.
No entanto, Gislaine Nunes foi categórica em sua análise, afirmando que, em
sua opinião, Pedro não teria elementos suficientes para pedir a rescisão
indireta. Segundo ela, todo contrato especial de trabalho do atleta
profissional de futebol dá ao técnico o poder discricionário de utilizar o
jogador nas partidas, e o fato de Pedro estar sendo utilizado, mesmo que por
poucos minutos, não seria motivo para rescisão.
Sobre a agressão sofrida por Pedro no vestiário, a advogada esclareceu que
essa foi uma atitude individual do preparador físico e não uma ordem do
Flamengo, o que tornaria difícil caracterizar o assédio moral como motivo para
rescisão.
Questionada sobre a melhor solução do ponto de vista legal, Gislaine Nunes
destacou que, se alguém deveria ser responsabilizado pela agressão, seria o
próprio preparador físico, e não o clube. Para ela, a demissão do preparador
físico por conta de sua atitude seria a medida mais adequada.
A advogada ainda explicou que, caso Pedro desejasse pedir a rescisão, ele
poderia fazê-lo, mas teria que arcar com os custos dessa decisão. Ela não
acredita que o Flamengo tenha culpa no ocorrido, e, portanto, um pedido de
rescisão por culpa do clube não teria sustentação legal.
Gislaine Nunes tem um vasto repertório de duelos jurídicos com clubes e, caso
fosse consultada pelo jogador Pedro, ela não recomendaria que ele acionasse o
Flamengo na Justiça para pedir a rescisão indireta, pois acredita que ele
perderia a batalha. Para a advogada, não existe nexo que justifique a ação de
rescisão com base na culpa do clube.
Veja aqui
toda a entrevista da advogada sobre o caso.
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