Um soco que reverberou por todo o cenário do futebol brasileiro e colocou em
xeque o futuro de Jorge Sampaoli à frente do Flamengo. A agressão de Pablo
Fernández ao atacante Pedro após a vitória sobre o Atlético-MG deixou um clima
de incertezas no rubro-negro, e neste domingo, uma importante reunião
discutirá o destino do treinador, buscando encontrar soluções consensuais
diante da polêmica situação. A informação é de Cahê Mota do GE.
A rapidez com que os acontecimentos se desenrolaram após o apito final no
estádio Independência levou a diretoria do Flamengo a adotar uma postura
conservadora. Evitando decisões radicais que poderiam afetar a receita do
clube, o início do domingo será marcado por análises jurídicas minuciosas,
avaliando a possibilidade de uma demissão por justa causa e considerando as
cláusulas contratuais.
Entretanto, a realidade é que o emprego de Jorge Sampaoli está em risco. A
diretoria do Flamengo deixará o treinador à vontade para se posicionar a
respeito do ocorrido. A situação se tornou insustentável para o preparador
físico Pablo Fernández, companheiro de longa data de Sampaoli, que não deverá
permanecer no clube.
Agora, caberá ao argentino o posicionamento inicial sobre o episódio: se
deseja continuar sem Pablo Fernández ou se irá se solidarizar com a demissão
iminente. A questão se complica ainda mais devido a fatores pessoais, como a
presença do filho de Pablo na comissão técnica. Marcos Fernández, também
preparador físico, acompanha o pai com Sampaoli e recentemente esteve
envolvido em um episódio de agressão contra o jornalista Fernando Gil no
Maracanã.
Após o incidente em Minas Gerais, Sampaoli teve uma breve conversa com o
vice-presidente de futebol, Marcos Braz, no voo de volta ao Rio de Janeiro,
mas sem abordar profundamente a questão da continuidade no cargo. A relação
entre a dupla está longe de ser harmoniosa, e reuniões mais formais e
objetivas ocorrerão neste domingo para definir os próximos passos.
A falta de posicionamento de Sampaoli após a agressão a Pedro gerou incômodo
entre os jogadores, que veem a relação hierárquica entre o técnico e o elenco
seriamente abalada. No entanto, o Flamengo precisa agir com cautela, uma vez
que a multa para uma demissão pode ser significativa, e o clube deseja
encontrar uma saída consensual para encerrar o contrato.
A situação também gerou descontentamento nos corredores do Independência, com
a postura do diretor Gabriel Andreatta, que tentou minimizar o episódio de
agressão. O dirigente permaneceu em Belo Horizonte na companhia de Pablo
Fernández e retornará ao Rio de Janeiro no início deste domingo. Os jogadores
esperavam uma posição mais firme dos membros da comissão técnica de Sampaoli.
Com questões jurídicas e o bom desempenho atual do Flamengo pesando na
balança, a tomada de decisão a respeito do futuro de Sampaoli se mostra
delicada e complexa. O presidente Rodolfo Landim, responsável pela escolha do
treinador há pouco mais de quatro meses, terá um papel de destaque nessa
decisão, embora esteja de férias fora do país.
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