Com pompa e circunstância, Gerson retornou ao Flamengo em janeiro mediante uma
negociação no valor de 16 milhões de euros, uma das maiores e mais festejadas
transações do clube, considerando a sua identificação e idolatria na primeira
passagem.
No entanto, até o momento, o desempenho do Coringa não atendeu às
expectativas. A análise interna do clube indica que isso pode mudar agora, uma
vez que o jogador, que usa a camisa 20, está finalmente pronto para apresentar
o seu melhor fisicamente. Segundo reportagem do GE, isso se deve a dois
fatores: ele readquiriu o ritmo de jogo e está completamente recuperado da
lesão sofrida no tornozelo direito, contra o Volta Redonda.
Devido à gravidade da lesão no tornozelo direito, a reabilitação de Gerson
foi um pouco mais prolongada. Ele ficou fora do primeiro jogo da Recopa
Sul-Americana e acabou entrando em campo, no sacrifício, na partida de
volta, no Maracanã, apenas aos 27 minutos do segundo tempo.
Depois da derrota para o Independiente del Valle, o jogador saiu mancando
bastante do estádio, com uma bolsa de gelo sobre o tornozelo. Cinco dias
depois, ele enfrentou o Vasco novamente no mesmo estádio e levou duas
pancadas na região durante a derrota por 1 a 0, mas permaneceu em campo por
90 minutos.
Na quarta-feira seguinte, ele jogou contra o Fluminense (com derrota por 2 a
1) e, em um lance dividido com Pirani, foi atingido no mesmo lugar. No final
da partida, ele perdeu a cabeça e chutou o adversário no chão, recebendo um
cartão amarelo e sendo suspenso da primeira partida da semifinal contra o
Vasco.
No início do novo confronto com o Vasco (que terminou em vitória por 3 a 1),
Gerson foi atingido por Alex Teixeira aos 23 minutos. Apesar de não ser do
tipo que exagera em campo, ele se contorceu em dor com a maioria das
pancadas que recebeu e expressou angústia com as entradas duras.
A comissão técnica do Flamengo está aproveitando os 13 dias entre a vitória
contra o Vasco e o primeiro jogo da decisão contra o Fluminense para deixar
Gerson totalmente recuperado e em sua melhor forma física. Isso é
importante, já que o déficit físico do jogador não se deve apenas à lesão e
às pancadas que sofreu.
Além disso, Gerson também perdeu ritmo de jogo devido à briga com seu último
treinador, Igor Tudor, no Olympique. Durante o período entre 12 de outubro e
13 de novembro, seu time jogou oito vezes, como volante jogando apenas 18
minutos.
A última vez em que o jogador havia sido escalado como titular foi no jogo
contra o Ajaccio, tendo jogado por 56 minutos. Em seguida, ficou no banco de
reservas durante sete jogos, tendo entrado aos 27 minutos do segundo tempo
na partida em que o time empatou com o Strasbourg por 2 a 2, e aos 45
minutos do segundo tempo no clássico contra o Lyon, vencido por 1 a 0.
O técnico Tudor já havia descartado completamente o jogador, não o escalando
nem mesmo para o último dos oito jogos antes da pausa para a Copa do Mundo.
Ele recebeu autorização para viajar ao Brasil durante o fim de semana em que
o time enfrentaria o Monaco, e chegou ao Rio em 12 de novembro.
Durante o período de pausa, o jogador não treinou e voltou à França apenas
no início de dezembro, quando já estava negociando com o Flamengo. Como
Tudor não o incluiu na pré-temporada em Marbella, na Espanha, o jogador teve
que treinar sozinho por um mês até que seu retorno oficial para o
Rubro-Negro fosse acertado. Tal isolamento resultou em mais perdas físicas.
No dia 15 de janeiro, Gerson fez sua reestreia pelo Flamengo e jogou 75
minutos na vitória por 4 a 1. Vale destacar que desde o dia 7 de agosto,
quando o Olympique goleou o Reims por 4 a 1 na estreia do Campeonato Francês
atual, Gerson não havia jogado mais do que 30 minutos no segundo tempo.
Antes do Mundial, Gerson foi substituído em quatro dos cinco jogos
anteriores à competição, na qual foi expulso no fim do primeiro tempo. Em
suas duas primeiras partidas completas após o retorno ao Flamengo, nas
últimas rodadas da Taça Guanabara, ele jogou nas derrotas para Vasco e
Fluminense.
Na semifinal do dia 19, Gerson foi titular novamente, jogou com segurança e
foi substituído aos 30 minutos do segundo tempo. Nas primeiras 11 partidas,
ele não jogou tão bem quanto o ídolo histórico da torcida do Flamengo que se
tornou, mas as últimas semanas têm trazido a esperança de que Gerson possa
sair da fase discreta e voltar a ser protagonista no clube do coração.
Clique aqui para ver mais notícias do Fla
Tags
Gerson