Durante o velório do ídolo vascaíno Roberto Dinamite, que aconteceu nesta última segunda, em São Januário, o ex-jogador e ídolo do Flamengo, Zico, foi aplaudido no momento de sua chegada, por torcedores do Vasco que estavam presente no local. A informação é do site Mundo Rubro-Negro.
O Galinho tinha uma grande amizade com Dinamite, desde os tempos que ambos
eram os protagonistas da rivalidade entre Flamengo e Vasco, os dois sempre
foram grande amigos, e jogaram juntos na seleção brasileira.
Rivalidade? Sim! Mas amizade acima de tudo... Zico chegou em São Januário pra se despedir do amigo e foi aplaudido pela torcida vascaína, pelos amigos e pela família de Dinamite 👏
— UOL Esporte (@UOLEsporte) January 9, 2023
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Após cumprimentar os colegas presentes e falar com a família de Dinamite,
Zico conversou com a Vasco TV e destacou a longa amizade que tinha com o
Roberto.
“Isso que vou levar para sempre. Nem um, dois, cinco, dez, vinte anos
não. São mais de 50 anos. A gente jogou contra no juvenil. Depois, no
profissional, subimos no mesmo ano, ambos com 18 anos. Nossas mães
quando assistiam o jogo, eram juntas, na arquibancada de qualquer campo,
aqui em São Januário, Gávea. Isso foi uma lição muito grande para nós,
como filhos”, contou.
Em seguida, Galinho relembrou de uma brincadeira que fazia com o Dinamite
sobre fazer muito gols contra o Flamengo.
”Eu brincava com ele: ‘Você gosta de fazer mais gols no Flamengo do que
em outro time, né?’. Apesar de toda rivalidade que existe entre Flamengo
e Vasco, a nossa rivalidade era levar mais de 100 mil pessoas ao
Maracanã, fazendo gols, eu pelo Flamengo e ele pelo Vasco”.
Zico também falou sobre o fortalecimento da amizade com Dinamite nos
momentos de Seleção. Desse modo, o ídolo rubro-negro ainda reforçou que
juntos com a Amarelinha nunca perderam.
“Fizemos uma grande amizade, lógico que teve um grande alicerce quando
fomos para Seleção, tivemos juntos. Aliás, nós nunca perdemos jogando
juntos na Seleção. Então, Roberto seguiu sua vida, parou de jogar e a
gente continuou mais amigos ainda, aí veio amizade, família, filho. Isso
é muito gratificante”
O eterno camisa 10 da Gávea ainda contou sobre a doença do craque
cruzmaltino.
“Eu acompanhei desde o ano passado, que ele teve sintomas. Conversamos
com diversos médicos. O problema dele sabíamos que era sério, mas ele
foi um guerreiro, até o último minuto, como era dentro do campo. Fez o
que pode para poder estar aqui nessa vida”.
Posteriormente, Galinho afirmou que não gosta de comparecer a velório de
amigos e familiares, mas que a de Roberto Dinamite é uma exceção.
“Esse sorriso era marca predileta dele e é o que eu quero levar para
sempre. Eu, particularmente, algumas pessoas, gosto de levar a imagem de
vida. Não gosto de ver amigos e familiares dentro de um caixão, mas tem
alguns que merecem a nossa presença. E o Roberto é um desses.”
Zico comentou sobre ele e Dinamite estarem em uma prateleira de ‘ídolos de
várias torcida’. Além disso, exaltou o Roberto extracampo.
“Respeito com a camisa que a gente veste e com a camisa do adversário,
isso sempre existiu. O Roberto sempre foi assim e eu também. A gente
está lá para fazer a maior quantidade de gols possível, mas sem nenhum
momento desrespeitar o adversário”.
E finalizou:
“Esse legado fora do campo. O legado do profissionalismo, do respeito a
todos, do grande profissional, dirigente, daquele cara que sempre
disposto a ajudar as pessoas. Quem conhece de perto o Roberto vê mais
outras qualidades que não só a de jogador de futebol. Um cara muito
amigo, correto com as coisas. O legado dele é uma série de fatores que,
com certeza, muita gente já se inspirou, se inspira e a futura geração
pode se inspirar”.
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