O Flamengo fez a apresentação de Gerson nesta quinta no Ninho, o jogador falou sobre sua volta e sua passagem pela França e respondeu perguntas dos jornalistas. Quem falou primeiro foi o presidente do rubro-negro, Rodolfo Landim que confessou que seus filhos são fãs do jogador:
  “Eu nem costumo vir em apresentação de jogador, mas hoje eu fiz questão de vir
  e ainda trouxe meus filhos, que são fãs do Gerson. Estamos muito, muito
  felizes.”
  Outro dirigente do Flamengo que falou, foi o vice-presidente Marcos Braz, que
  fez questão de ressaltar os títulos conquistados por Gerson em sua primeira
  passagem pelo clube e seus números na Europa, afirmando no final que o meia
  não fracassou na Europa:
  "As analises que nós temos aqui é que ele foi campeão da Libertadores,
  bicampeão brasileiro 19 e 20, campeão da Recopa 2020 e bicampeão carioca 20 e
  21. Então isso deixa a gente com mais felicidade ainda, quando passa o
  histórico do jogador que esta retornando no auge da idade, e um jogador que
  deu certo na Europa" 
  Gerson iniciou sua fala, agradecendo o empenho do clube em trazê-lo de volta e
  falou da felicidade em está de volta em sua casa:
    - Eu estou muito feliz de estar de volta a minha casa. Imagina vocês virarem
    profissional de um esporte que você gosta muito, e jogar no seu clube do
    coração. Já comecei a treinar e agora é só esperar para jogar às 16h no
    Maracanã, que eu já estava com muita saudade - encerrou o primeiro reforço
    do Flamengo na temporada.
  
  
    Questionado pela escolha do retorno ao futebol brasileiro, Gerson aproveitou
    para desabafar a respeito das críticas feitas pela sua passagem rápida na
    Europa.
  
  
    - Falaram em frustração... É uma coisa que eu acho que não teve. Fizemos
    grandes coisas lá. Em número de participações foi meu melhor momento na
    carreira, nos classificamos para a Champions League. Eu não vejo frustração
    nenhuma, fui bem, mas infelizmente eu não tive um bom convívio com o
    treinador que chegou. Eu optei em seguir minha vida de uma outra forma. As
    pessoas que falaram isso não me acompanharam direito lá, e eu sei o que eu
    fiz lá - disse, antes de completar:
  
  
    - Nós mesmos brasileiros erramos muito nesse sentido, porque nós temos
    sempre os melhores jogadores e ajudamos muito os europeus indo para lá. Nós
    mesmos criticamos o nosso futebol, e podíamos fazer aqui um futebol de
    elite. E sempre se fala que voltar para o Brasil é um tiro no pé, e isso dá
    força para eles falarem mal do nosso futebol - e continuou:
  
  
    - Nosso futebol tinha que ser uma elite pelos jogadores que nós temos. Olha
    o nosso campeonato, quantos clubes tem, como os jogos são difíceis. Então,
    eu acho que como ser humano a gente tem que pensar mais nesse sentido. Nós
    brasileiros acabamos batendo no nosso esporte, nos nossos jogadores e nos
    nossos campeonatos. Eu acho que a gente tinha que dar mais moral para o
    nosso país que cresceríamos ainda mais - encerrou o desabafo.
  
  
    Gerson falou sobre quando soube que o Flamengo tentaria sua
      contratação:
  
  
    - O principal motivo (de retorno) foi ser o Flamengo. O carinho e respeito
    que eu tenho pelo Flamengo. Quando você tá com a cabeça de sair de um clube
    e o Flamengo entra na situação, aí é complicado. O principal motivo é que
    foi o Flamengo.
  
  
    Treinando com o grupo desde que assinou o contrato com o Flamengo, Gerson
    falou sobre os elogios do lateral Filipe Luís sobre seu futebol e comentou o
    reencontro com o grupo de jogadores: 
  
  
    - É uma satisfação enorme para mim. Ele (Filipe Luís) é um grande jogador,
    jogador de Seleção e Copa do Mundo. Em relação a encontrar meus
    companheiros, eles falaram que parece que eu nem fui embora, e essa foi a
    sensação que eu tive também. Aqui, sempre me senti em casa, desde a portaria
    a todos os funcionários do clube, é sempre bom trabalhar onde você está
    feliz.
  
  
    Gerson nega frustração na França e admite problema com treinador do
      Olympique
  
  
    A passagem pelo Olympique de Marseille, da França, foi considerada positiva.
    Ao todo, foram 61 jogos: 13 gols e 10 assistências. A função de ofício é de
    volante, mas o apelido de 'coringa' se torna ainda mais forte após o período
    no futebol europeu, onde atuou em diversas posições.
  
  
    - Lá eu só não joguei de lateral direito, zagueiro e goleiro, e de resto eu
    joguei de tudo, até de falso nove eu joguei. Desde quando eu cheguei aqui
    todos me trataram muito bem, e eu fui ensinado a tratar todos iguais,
    independente de quem seja, e eu sempre trato todos iguais, e isso foi uma
    coisa de criação e coisa que eu levo pra vida - disse, antes de completar:
  
  
    - Mais coringa do que nunca. O que esse clube pede é raça e muita vontade de
    jogar, sempre estar disposto a ajudar os companheiros, é o que eu falo, até
    de lateral esquerdo eu joguei lá. E eu sempre busco aprender alguma coisa, e
    tive essa oportunidade lá. O Gerson hoje é mais focado, mais maduro e com a
    cabeça de ganhar sempre pelo Flamengo - finalizou.
  
  
    Na primeira passagem, Gerson conquistou oito títulos: dois estaduais, duas
    Supercopas do Brasil, uma Recopa Sul-Americana, dois Brasileiros e uma
    Libertadores.
  
  Veja outros tópicos:
  Experiência de jogar na França
  
    Eu acho que é sempre bom ter aprendizados na vida, eu aprendi novas coisas
    lá, como coringa aprendi novas funções, e eu espero que minha volta seja a
    melhor possível, espero que seja até melhor que primeira, e com nosso elenco
    eu acho que é possível
  
  O que fez voltar?
  
    O que mais me fez falta foi tudo. Minha casa, minha família, os churrascos,
    o sol, muitas coisas que eu também não posso ficar citando aqui. Em relação
    ao Mundial, mais uma oportunidade, agradecer por a gente estar podendo
    disputar esse campeonato mais uma vez, espero que ocorra tudo bem e que a
    gente possa realizar os nossos sonhos.
  
  Mentalidade vitoriosa
  
    Como eu falei, eu venci na minha primeira passagem, mas agora eu quero ser
    um vencedor. E cara, quando você vem para o Flamengo, não tem como você ter
    dúvida. Quando você veste essa camisa você vem para disputar por tudo. No
    Flamengo você tem que estar sempre ganhando, evoluindo, concentrado no que
    você quer. Aqui não pode ter dúvida, incerteza, insegurança. Nosso elenco
    está cada vez mais qualificado. Eu voltei para que a gente possa fazer
    melhor que 2019, que é um sonho. O Flamengo é um monstro que quanto mais
    ganha, mais time quer.
  
  Concorrência
  
    Concorrência muito grande, ótimos jogadores. O Vidal, o Pulgar, o Thiago
    Maia, João Gomes, que acabou a temporada muito bem, mas isso eu fico feliz,
    é muito bom para o Flamengo. Eu ainda não conversei com o treinador. A minha
    principal posição é volante, mas posso ajudar na frente também.
  
  Seleção Brasileira
  
    Como eu falo sempre de seleção, eu procuro sempre trabalhar para fazer meu
    trabalho com excelência para que surja uma oportunidade, infelizmente a Copa
    passou e eu não fui, mas fiquei mais triste ainda de não temos sido
    campeões. E o Flamengo é um gigante, os olhos estão sempre virados pelo
    Flamengo, mas para eu ir para seleção eu tenho que estar bem aqui.
  
  Carinho dos torcedores franceses e rubro-negros
  
    Uma das camisas mais vendidas porque eu fracassei, mas tá bom, vida segue.
    Como eu falo, eu tento sempre fazer o meu melhor, fico feliz por ter feito
    uma boa passagem lá, mais feliz ainda por estar voltando. E sobre o carinho
    da torcida, a palavra é gratidão, como eu falei, imagina você jogar no time
    do coração, ganhar títulos, ser respeitado e ter um carinho da maior torcida
    do mundo, acho que só quem vive para saber. Estou muito feliz pela volta e
    vou devolver isso dentro de campo.
  
  Camisa 20 e conversa com Thiago Maia
  
    Na verdade a camisa 20 foi uma homenagem ao meu parceiro Vini, em relação a
    8, mais que merecida estar com o Thiago, fez por merecer, está jogando
    muito, e eu falei que ele mereceu. Nós dois sempre nos respeitamos, como eu
    disse, mais que merecido isso. E cara, como eu vou dizer, eu tive
    oportunidade de continuar na Europa, mas nenhum dos projetos foi como o do
    Flamengo, de poder voltar para um gigante, ser campeão, os outros projetos
    não foram tão ambiciosos quanto o do Flamengo. Eu tive minha primeira
    passagem, venci, mas eu quero agora escrever minha história como vencedor.
    Para mim, não foi nada difícil voltar para o Flamengo, ainda mais quando
    eles me apresentaram o plano de carreira que eles tinham. Nós temos que dar
    mais atenção para o nosso futebol porque a gente pode virar uma elite.
  
  O que aconteceu com o Igor Tudor, técnico do clube francês
  
    Em questão da relação com o treinador é simples: não deu certo. Eu já
    conversei com ele, não tenho mágoa nenhuma e futebol é isso. Eu sou um cara
    que me cobra muito, para mim nunca está bom, todo dia eu tento melhorar, eu
    acho que todo dia é uma evolução, eu tenho que melhorar tudo e eu trabalho
    para isso, a cada dia, a cada treino. Se hoje eu fui bem, amanhã eu tenho
    que ser melhor ainda.
  
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