Dorival Júnior terá grandes desafios à frente do Flamengo; veja a lista




GE: Confirmada a saída de Paulo Sousa, a próxima oficialização no Flamengo será a de Dorival Júnior, nesta sexta-feira. Será a terceira passagem do técnico no clube, e ele sabe que terá desafios e cobrança proporcionais ao tamanho da torcida e do investimento feito na montagem do elenco.



Os torcedores rubro-negros estão incomodados com o desempenho do time, refletido na classificação ruim no Brasileiro - 14º lugar. Há pouco tempo para treinar e será necessário conquistar os resultados desde já.

No intervalo de um mês, o Flamengo vai decidir seu futuro na Libertadores (dias 29/06 e 06/07, contra o Tolima) e Copa do Brasil (semanas de 22 de junho e 13 de julho).



Os primeiros desafios de Dorival no Flamengo:

1 - Montar uma comissão técnica

Com a saída de Paulo Sousa e os seis integrantes de sua comissão técnica, Dorival vai precisar montar sua equipe de trabalho. Ele chega com seu filho/auxiliar Lucas Silvestre e o preparador físico Celso Rezende. Vai precisar, junto com a cúpula do futebol, se cercar de profissionais gabaritados para preencher as muitas lacunas deixadas.

2 - Ajustar a gestão do grupo

Os fracassos recentes e o estilo de comando de Paulo Sousa criaram algumas situações de desgaste no Ninho. Para ter sucesso, será importante para Dorival recuperar a unidade do elenco para que os jogadores voltem a ter um nível alto de satisfação em grupo.



Um dos trunfos para o novo comandante é já ter trabalhado em 2018 com jogadores como Everton Ribeiro, Diego, Vitinho, Arão, Rodinei e Diego Alves (um caso à parte), que já conhecem sua metodologia de trabalho.

3 - Fazer o time voltar a fazer gols

O DNA do Flamengo desde que o grupo foi montado, em 2019, foi a capacidade de ser ofensivo e marcar muitos gols, algo que foi ficou de lado recentemente. No Brasileiro, a equipe é atualmente o quarto pior ataque.



No último jogo, contra o Bragantino, por exemplo, o Flamengo teve apenas três finalizações certas. Gabigol, artilheiro do time nos últimos anos, só teve uma tentativa de chute, que foi bloqueado.

4 - Deixar clara a situação dos goleiros

Quatro goleiros atuaram pelo Flamengo este ano. Antes da lesão de Santos, Paulo Sousa fez um rodízio entre ele e Hugo, que passou a ser utilizado em todas as partidas e foi muito criticado por falhas. Diego Alves atuou em apenas dois jogos e teve uma pubalgia, mas desde o início ficou claro que não teria muito espaço. Matheus Cunha, o mais jovem, atuou nas duas primeiras rodadas do Carioca.



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A posição gerou muita instabilidade para o time este ano, e será importante para Dorival criar uma hierarquia mais clara para tentar diminuir as oscilações.

A relação com Diego Alves é um caso à parte depois do problema que tiveram em 2018. Por divergências, o goleiro foi afastado do elenco em 2018. Aparar as arestas, se ainda existir alguma mágoa, pode ser um bom primeiro passo de Dorival no comando do time.

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5 - Definir esquema tático e base do time

Paulo Sousa iniciou o ano com uma formação tática na cabeça, com a saída de bola com uma linha de três zagueiros, e terminou sua passagem com uma linha de quatro defensores mais tradicional. Um dos pontos negativos do trabalho do português foi ter feito muitas mudanças a cada jogo, o que dificultou ao time criar uma identidade mais clara.

Então, um dos desafios de Dorival é dar novamente a alma perdida do time, com ideias claras e com os jogadores nas funções que conseguem render mais.

6 - Não podar a garotada

Um dos pontos mais elogiados no trabalho de Paulo Sousa foi dar espaço e confiança a alguns jovens revelados no clube, como Marcos Paulo, Lázaro, Victor Hugo e Matheus França.

Dorival tem a missão de dar continuidade neste trabalho, não só pelo que a garotada pode dar de retorno esportivo quanto também financeiro.

7 - Conquistar a simpatia da torcida

Conhecer as características do Flamengo e de sua torcida é uma arma importante para todos que chegam ao clube, e com Dorival não será diferente. Em sua terceira passagem, precisará conquistar a empatia da arquibancada.

Por característica, alguns sucessores de Jorge Jesus não tiveram muito sucesso neste quesito, como Dome e Rogério Ceni.


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Imagem: Divulgação

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