ESPN:
A saída de Paulo Sousa e toda a sua comissão técnica causou um alvoroço no
Flamengo. Confiando na permanência do trabalho do português pelo menos até o
meio do ano, a diretoria deixou praticamente toda a comissão técnica formada
pelos estrangeiros. Agora, volta a investir em um time fixo.
Dorival Jr. chegou ao Flamengo com dois nomes de sua confiança: o auxiliar
Lucas Silvestre e o preparador físico Celso Rezende. No mesmo período, o clube
fechou também com mais dois nomes: o fisiologista Tadashi Hara, ex-
Athletico-PR, e um especialista em performance esportiva, o norte-americano
Michael Minthorne.
As duas contratações chegam com respaldo do clube e cercados de muita
expectativa. Tadashi Hara, inclusive, tinha seu trabalho muito elogiado no
Furacão. O departamento de futebol entende que a contração era crucial e
considera o profissional como o melhor do Brasil.
Por outro lado, Michael Minthorne é um velho conhecido do clube. Quando o
Flamengo tinha uma parceria com a empresa Exos, o profissional foi consultor
do clube. Agora, ele volta para qualificar ainda mais a comissão técnica
rubro-negra.
A reportagem apurou que o Flamengo começa a enxergar com outros olhos a
necessidade de uma comissão técnica fixa. O assunto até hoje causa uma
divergência interna. Depois do sucesso de Jorge Jesus, muitos entendem que um
profissional precisa controlar tudo no Ninho para ter sucesso. Inclusive, o
departamento de futebol já assumiu que a falta de uma comissão técnica robusta
foi o prejudicou Domènec Torrent, que veio apenas com dois auxiliares.
No entanto, outra ala da diretoria entende que o clube não pode 'entregar a
chave do Ninho' para um profissional. O exemplo negativo de Jorge Jesus, que
deixou o clube sem norte após decidir retornar ao Benfica voltou a ser
debatido nas reuniões internas, já que o clube abriu mão de diversos
profissionais, principalmente na preparação física, quando três nomes deixaram
o futebol (Rafael Winicki, Roberto Oliveira, o Betinho, e Alexandre Sanz,
funcionário CIPA que não pode ser desligado, mas que foi afastado do futebol).
Entrave na contratação de um preparador de goleiros
Quando Paulo Sousa chegou, o português trouxe um preparador de goleiros em sua
comissão técnica. Paulo Grillo era o substituto de Wagner Miranda na função.
No entanto, o cargo agora está com Thiago Eller, irmão do ex-jogador Fabiano
Eller. No entanto, o profissional tem pouca experiência na função e causa
divergência sobre a permanência como número 1 da preparação.
Nas últimas semanas, dois nomes com história no clube ganharam muita força:
Robertinho Barbosa, que trabalhou no Flamengo de 2006 a 2010 e depois ficou de
2010 até 2019 no Cruzeiro, e Flavio Tenius, preparador de goleiros do Flamengo
nos anos 90, sendo responsável pela formação de Júlio César.
Robertinho está em Portugal e foi o primeiro a ter o nome ventilado. No
entanto, o profissional não planeja retornar ao Brasil no momento. Ele defende
o Alverca.
Flavio Tenius deixou o Botafogo com a chegada de Luís Castro e está livre no
mercado. O nome do profissional tem extrema aprovação dentro do clube. Além de
ter raízes rubro-negras, como já dito por uma pessoa influente no clube, ele
tem ótima relação com dois nomes importantes no Flamengo: o técnico Dorival
Junior, com quem trabalhou no Cruzeiro, e Diego Alves, que subiu no
Atlético-MG pelas mãos do profissional.
Mesmo com dois nomes com alta aprovação no clube, o departamento de futebol
trata o assunto como secundário na lista de importâncias nesta janela. A
intenção dos cartolas é reforçar o elenco.
Após Everton Cebolinha, o Flamengo planeja trazer mais dois reforços para o
meio-campo, já que Andreas Pereira não será comprado em definitivo e deixará o
clube ao fim do mês.
A lateral é outro setor que também está no radar da diretoria, já que Isla
deixará o clube para defender a Universidad Católica. Matheuzinho é o titular,
com Rodinei sendo reserva. Só que o suplente é duramente criticado pela
torcida e não está em alta no momento.
VEJA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Imagem: Divulgação