Uol:
Fluminense e Flamengo fazem hoje (29), pelo Campeonato Brasileiro , o clássico
carioca entre equipes que se encontram pressionadas, mas por motivos
distintos. O duelo, porém, traz boas lembranças ao lado tricolor, enquanto
recorda retrospecto recente negativo do Rubro-Negro. O confronto, no Maracanã,
será às 18h (de Brasília).
O Tricolor, com 11 pontos, busca o triunfo para tentar passar a integrar o
primeiro pelotão da competição, enquanto o Rubro-Negro, com nove, quer se
afastar ainda mais da zona de rebaixamento.
A equipe das Laranjeiras, que aplicou uma goleada histórica sobre o Oriente
Petrolero , entra em campo logo mais para iniciar uma "nova página" na
temporada, após as eliminações precoces na Libertadores e Sul-Americana . As
quedas nas competições internacionais deixaram um gosto amargo na torcida do
Flu, e o time, agora, tem o foco voltado à Copa do Brasil e ao próprio
Brasileirão.
Neste cenário, o Tricolor tenta engrenar e deixar as frustrações para trás.
Apesar de invicto sob o comando do técnico Fernando Diniz — são cinco vitórias
e dois empates —, o time ainda busca o melhor encaixe para alcançar uma
sequência de resultados positivos e ter um segundo semestre mais satisfatório.
A elástica vitória na última quinta-feira deu indícios positivos ao treinador.
"Fizemos um jogo brilhante, infelizmente, não conseguimos a classificação. O
Fluminense jogou muito bem. Sabíamos que precisávamos dos resultados.
Estávamos focados no adversário. A equipe cumpriu o que tinha fazer" disse
Diniz, em breve coletiva após o jogo.
Do outro lado, um Flamengo que está classificado para as oitavas de final da
Libertadores e teve a terceira melhor campanha geral na fase de grupos do
torneio, mas nem mesmo a vaga conquistada antecipadamente foi capaz de
diminuir a turbulência na Gávea.
A diretoria, comissão técnica e elenco convivem, há semanas, com críticas das
arquibancadas. O presidente Rodolfo Landim tem sido um dos principais alvos,
mas o técnico Paulo Sousa e nomes do grupo, como o goleiro Hugo Souza, não
escapam das avaliações negativas.
"Nossa torcida é soberana, eles têm todo direito de estarem ou não contentes.
Procuramos fazê-los felizes com a nossa performance e com os nossos
resultados. Se eles não pensam assim nesse momento, temos de continuar a
trabalhar mesmo tendo atingido nesta campanha resultados extraordinários
(...). Tivemos um número de gols extraordinário e a campanha é extraordinária,
mas sentimos que não é suficiente. Queremos continuar a melhorar para podermos
aproximar daquilo que é a exigência da nossa torcida", afirmou o treinador,
após o triunfo sobre o Sporting Cristal , na última terça-feira.
Landim, inclusive, voltou a estar no centro das atenções nos últimos dias . O
motivo é que ele, Rodrigo Dunshee (vice-presidente geral) e Gustavo Oliveira
(vice de marketing) foram a Paris (FRA) para acompanhar a final da Liga dos
Campeões, a convite da Adidas, fornecedora de material esportivo do clube.
Além do trio, Luiz Eduardo Baptista (presidente do conselho de administração)
e Rodrigo Tostes (vice de finanças) são outros funcionários do clube que estão
na Europa, no entanto, por contra própria.
Mas antes mesmo de a agenda vir a público, uma movimentação nas redes sociais
já indicava um protesto neste domingo, na porta da sede social do Fla, na
Gávea.
Flu algoz do Fla
O Tricolor e o Rubro-Negro protagonizaram a final do Campeonato Carioca deste
ano, e o time das Laranjeiras levou o melhor , encerrando o jejum que vinha
desde 2012 e evitando que o rival conquistasse o inédito tetra.
O Fluminense, inclusive, tem tido mais sucesso nos últimos clássicos. Nos
últimos dez encontros, foram seis vitórias, dois empates e duas derrotas. O
último triunfo do Fla foi em maio do ano passado, no segundo jogo da decisão
do Estadual.
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Imagem: Divulgação
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