Espn: Em seu último ano de contrato com a camisa do Flamengo, Diego, que está no
clube desde 2016, conviveu com altos e baixos na Gávea. Em entrevista ao Flow
Podcast, o meio-campista do Rubro-Negro revelou os momentos de maior pressão
que viveu no time do Rio de Janeiro, mas como se sentiu preparado desde o
início para o grande desafio.
Diego estava no Fenerbahce, da Turquia, quando aceitou o desafio de vir ao
Brasil, lugar que não atuava como atleta profissional desde 2004, quando
deixou o Santos para ir ao Porto, de Portugal. O craque sabia que passaria por
uma mudança radical na carreira, mas contou com o apoio de familiares antes de
dizer ‘sim’ ao Flamengo.
“Eu sabia, vim preparado, vivo situações, não me espanto com eles. Mas não
quer dizer que não fico indignado. Todas essas duas semanas de conversar com
minha família, se dá certo consagra, se não dá é pesado, é forte. Vim com
essa mentalidade. A gente fica refém das conquistas. A diretoria foi clara
'queremos conquistar vaga na Libertadores, ano que vem vamos trazer um
jogador, brigar pelo título'”, contou Diego.
Naquela época, o Flamengo havia acabado de sair de um longo período de crise
financeira e ‘caos’ nas finanças. A ideia do clube era finalmente se reforçar,
contando uma estrutura financeira forte, para finalmente poder voltar a brigar
por títulos. Em 2016, o Rubro-Negro brigou cabeça a cabeça pelo título do
Campeonato Brasileiro, que ficou com o Palmeiras.
“O time foi bem, brigamos pelo título. Libertadores não, tem que ser
campeão. Levamos pancadas. Batemos na trave no ano seguinte na Copa do
Brasil, veio aquela onda negativa de cobrança, peso. Eu senti tudo isso, mas
enfrentei”. A temporada de 2017 foi frustrante para o Rubro-Negro.
No mesmo ano, a equipe carioca amargou o vice-campeonato da Copa do Brasil
para o Cruzeiro, nos pênaltis. Na oportunidade, o próprio Diego foi o único a
errar a cobrança na vitória por 5 a 4 dos mineiros. Além da competição
nacional, o Rubro-Negro também perdeu a Conmebol Sul-Americana para o
Independiente, em pleno Maracanã. Diego foi apontado como um dos ‘vilões’ e
chegou a ser alvo de protestos da torcida durante embarque antes de confronto
contra o Ceará, em 2018, pelo Brasileiro. Naquele ano, assim como em 2016, o
Rubro-Negro brigou pelo título da competição, que mais uma vez ficou com o
Palmeiras. O meio-campista, mais uma vez, recebeu forte cobrança da torcida.
“Não me assusta a cobrança, não me espanta, mas também desgasta. Eu nasci
para vestir essa camisa. Eu tenho relação muito forte. Minha decisão não foi
só em 2016. Foi 2016, 17, 18, 19, 20, 21, 22.... Tive propostas de outros
clubes brasileiros para sair na janela, mas escolhi o Flamengo. Vai além do
futebol, mais do que nunca no sprint final da carreira. Estar aqui é
maravilhoso”.
Apesar dos insucessos citados, Diego fez parte do grande período do Flamengo
em 2019. Após sofrer uma grave fratura no tornozelo, o meio-campista conseguiu
ajudar a equipe na conquista da Conmebol Libertadores e do Campeonato
Brasileiro. No ano seguinte, o Mengão, dentre outros títulos, garantiu mais um
Brasileirão para a sala de troféus.
Em reta final de contrato com o Flamengo, Diego não deverá permanecer no clube
para a próxima temporada. Hoje com 37 anos, o craque deve encontrar um novo
rumo para a carreira em dezembro.
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Imagem: Divulgação
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