Lance!:
Passe de um, gol de outro. Nas últimas temporadas, a torcida do Flamengo se
acostumou a ver e celebrar as jogadas protagonizados por Bruno Henrique e
Gabigol, que garantiram inúmeras vitórias. Neste sábado, no empate em 1 a 1
com o Atlético-GO, na estreia do Brasileirão, a dupla esteve distante e quase
não interagiu. Um aspecto observado neste início de trabalho de Paulo Sousa,
mas que não é definitivo, uma vez que ainda há reforços a estrearem em 2022.
Contra o Atlético-GO, Bruno Henrique atuou mais uma vez como ala esquerdo.
Paulo Sousa gostou do desempenho do camisa 27, que marcou o gol de empate em
cobrança de escanteio, mas pouco interagiu com Gabigol, por exemplo. De acordo
com a plataforma "Footstats", foram apenas seis passes trocados entre os
atacantes, além de um cruzamento, em toda a partida.
Justamente nas oportunidades que Gabigol, BH e Arrascaeta conseguiram
trabalhar mais próximos, o Flamengo criou suas melhores oportunidades,
especialmente na primeira etapa. A bola, contudo, não entrou. Desta forma, os
camisas 27 e 9 seguem ser servir um ao outro com passes decisivos em gols.
AYRTON LUCAS PODE DEVOLVER BH AO ATAQUE?
Por ora, além de Bruno Henrique, Everton Ribeiro e Lázaro foram os atletas que
desempenharam a função de ala esquerda mais vezes. O jovem, inclusive, foi
quem melhor se adaptou à função, mas o técnico ainda opta pelo mudança de nome
a cada partida. Existe a expectativa, agora, pela estreia de Ayrton Lucas.
O lateral-esquerdo de características ofensivas chegou ao clube lesionado após
uma torção no tornozelo esquerdo, mas está em recuperação no CT do Ninho do
Urubu e pode ter a primeira oportunidade no time ainda neste mês de abril.
Assim, caberá ao comandante escalar Bruno Henrique como segundo atacante.
ELOGIOS DO MISTER AOS ATACANTES
Após a estreia no Campeonato Brasileiro, Paulo Sousa respondeu perguntas sobre
os dois jogadores. Sobre Bruno Henrique, o questionamento foi justamente a
respeito do posicionamento do camisa 27 como ala esquerdo.
Em relação a Gabigol, o treinador respondeu sobre um possível desconforto do
camisa 9 por estar atuando, em momentos, aberto pelo lado direito ou por não
estar recebendo tantas bolas em condições de finalizar e marcar gols em 2022.
Confira as respostas do treinador Paulo Sousa, do Flamengo, abaixo:
Utilização de Bruno Henrique como ala
Acho engraçada essa pergunta porque quando o Bruno jogou por dentro, e não
o Gabriel, ele não deveria jogar por dentro e sim mais por fora. Tem essa
disparidade. Para mim, sem dúvida, o Bruno é um atacante que tem todos os
movimentos de ponta. Tem alguma dificuldade de jogar entre as linhas e
precisa de espaço, sobretudo com espaço à frente, como fez. Teve várias
oportunidades de gol. Achei que esteve muito bem.
Teve mais dificuldade em construções baixas, sobretudo como ala. Mas com a
capacidade que nosso meio-campo pode ter, seja com interação de Arrascaeta,
que faz muitos movimentos por fora também e isso dá oportunidades de o Bruno
atacar em profundidade.
Oportunidades e comportamento de Gabigol
O que eu vejo é um Gabi super comprometido com a equipe, a trabalhar em
todos os processos e, com certeza, com o tempo todas essa bolas vão chegar.
Vão chegar com mais continuidade, com certeza. Há jogos que chegarão com
mais continuidade, outros com menos, mas nossa equipe não pode depender só
dele. Ele teve oportunidades também. É ter cabeça para concretizar e
finalizar e isso vocês têm que reconhecer. É um jogador comprometido por
melhorar alguns processos de finalização dentro da área e por isso estou
muito satisfeito com ele e todos os jogadores.
VEJA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Imagem: Divulgação