O Globo:
Levando em consideração a crise vivida pelo Flamengo nos últimos dias, o
empate fora de casa com o Atlético-GO (1 a 1) não chega a ser um mau
resultado. Mas a verdade é que a partida deste sábado se soma a mais uma da
série de atuações não convincentes do time sob o comando de Paulo Sousa. Um
primeiro passo preocupante do rubro-negro carioca no Brasileiro.
Sem tempo para corrigir defeitos, o Flamengo já volta a campo na terça, contra
o Talleres-ARG, no Maracanã. Pelo Brasileiro, volta a atuar no domingo, diante
do São Paulo, também em casa.
O jogo começou com todos os indícios de que seria mais um capítulo na crise do
clube carioca. A começar pela lesão de Gustavo Henrique na coxa direita ainda
no aquecimento. E, num estádio lotado pela torcida rival, a parte flamenguista
fez questão de gritar seu pedido por raça antes do apito incial. Para
completar, o gol do Atlético-GO logo aos 2 minutos. Só que o lance foi anulado
por impedimento na origem. E o cenário começou a se mostrar menos hostil.
Mesmo jogando em Goiânia, o Flamengo encontrou um Atlético-GO mais defensivo,
que lhe deu espaço para sair de trás na base dos toques cadenciados. O que se
viu em campo foi uma equipe um pouco mais organizada do que nas últimas
partidas. Ao menos quando tinha a bola no pé. Boa parte do dominio rubro-negro
se deu pela marcação adiantada, que atrapalhou e muito a saída do rival e
permitiu que o time de Paulo Sousa cercasse a área do adversário.
O problema é que esta pressão na área poucas vezes se converteu em chances
reais de gol. Quando atacou, o Atlético-GO conseguiu ser mais perigoso. Porque
contava com um Arão totalmente desconfortável na zaga (embora tenha atuado
muitas vezes ali). E, principalmente, porque sem a bola o time carioca ainda
mantinha seus problemas de recomposição. Quando perdia a posse, parte da
equipe demorava demais para voltar e formava um buraco na frente da defesa.
Este cenário foi perfeito para o Atlético-GO, aos 29 do segundo tempo. Em
rápido contra-ataque, Dudu recebeu totalmente livre pela direita (onde um Leo
Pereira improvisado não soube cobrir o setor) e cruzou para Wellington Rato,
na frente dos marcadores, concluir no contrapé de Hugo.
A noite só não foi tão ruim porque, de tanto insistir na bola área (ponto
fraco do Atlético-GO), o Flamengo empatou nove minutos depois, com cabeçada
certeira de Bruno Henrique. Ela evitou o desânimo e empurrou o time para
tentar a virada na base do abafa. Ela até quase veio, mas o segundo dos
goianos também esteve muito próximo. O gol evitou a derrota, mas não escondeu
os problemas.
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Imagem: Divulgação