Por Diogo Dantas | O Globo:
Causou estranheza ao técnico Renato Gaúcho e aos jogadores do Flamengo, que
nesta sexta-feira enfrenta o Atlético-GO, às 21h30, no Maracanã, o fato de
nenhum dirigente do Flamengo ter ido a público para protestar contra a
arbitragem no empate da última terça-feira, diante do Athletico . A diretoria
até solicitou o áudio do VAR para entender os critérios que levaram o juiz
retirar o cartão vermelho de Renato Kayzer após agressão a Léo Pereira, mas já
sabe que não poderá reverter a decisão.
A apatia do presidente Rodolfo Landim e seus pares soaram no Ninho do Urubu
como falta de respaldo. Houve apenas a coletiva de Renato Gaúcho após o jogo.
O treinador não escondeu o incômodo por só ele se manifestar. Quando houve
críticas ao calendário, Landim apareceu para cobrar a CBF.
De fato, segundo a reportagem apurou, a distância para o líder Atlético-MG no
Brasileiro, hoje em 12 pontos, levou as ações se voltarem para a final da
Libertadores, o calendário de 2022 e o planejamento do futebol para o ano que
vem, ainda sem saber se com ou sem Renato Gaúcho.
Já há entre parte da diretoria contatos com o mercado para entender a
viabilidade da contratação de um técnico estrangeiro. Empresários que atuam em
Portugal indicam boas chances de Carlos Carvalhal, do Braga, aceitar um
convite, e de Jorge Jesus acabar revendo a ideia de voltar diante da crise no
Benfica.
No Flamengo, Renato Gaúcho ainda tem apoio do vice de futebol Marcos Braz e do
diretor Bruno Spindel. Mesmo calados, ambos bancam o trabalho e compartilham
com o técnico a sensação de falta de apoio do restante da diretoria. Há o
entendimento de que toda a carga de crítica sobre o treinador pelos maus
resultados podem facilitar a não renovação do vínculo, que vai até dezembro.
Renato já indicou internamente que o buraco é mais embaixo. Passa pelo
departamento médico e a preparação física. Apesar das críticas, o técnico vê
Braz e Spindel segurarem o futebol sozinhos, sem apoio. Isso indica que a
reformulação pode ser bem mais ampla caso o título da Libertadores não venha.
O do Brasileiro, apesar das chances matemáticas, a diretoria já “jogou a
toalha”.
Menos desfalques
Em campo, o Flamengo enfrenta o Atlético-GO com os retornos de Bruno Henrique,
que estava suspenso, e dos zagueiros Rodrigo Caio e David Luiz, recuperados. O
técnico Renato Gaúcho ainda não terá Arrascaeta, que hoje saberá se vai ser
convocado pelo Uruguai ou segue tratamento no clube com foco na final da
Libertadores. Os outros desfalques são o lateral esquerdo Filipe Luis e o meia
Diego, em fases distintas de tratamento de lesão, além de Pedro e Kenedy,
machucados.
Renato deve manter o jovem Ramon na equipe na ala. No meio-campo, Arão e
Andreas podem ter a companhia de Vitinho, que tem entrado bem quando é
acionado.
Com a volta de Bruno Henrique, a dúvida é se Michael será aberto pelo lado
direito, para municiar também Gabigol, ou se Everton Ribeiro segue na equipe,
apesar de viver péssima fase e ter desgaste físico elevado.
Se for preservado, o meia abre espaço para o atacante de velocidade que tem se
destacado nos últimos jogos. Após a partida, o lateral Isla viaja para
se apresentar ao Chile para atuar pelas Eliminaatórias. É possível também que
Renato dê oportunidade a Matheusinho na partida. Assim como para Rodinei. O
chileno será desfalque por três jogos.
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Imagem: Divulgação
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