ESPN:
Com passagem por três dos quatro grandes do Rio de Janeiro, Romário nunca
titubeou ao falar que o time do coração é o América. Em entrevista ao 'Cara a
Tapa', do jornalista Rica Perrone, o ex-atacante voltou a torcar no assunto.
"Eu sempre torci para o América. Comecei a conhecer o futebol indo aos jogos
do América com o meu pai, que sempre foi 'doente', essa expressão... Eu, com
13, 14 anos, passei a ir ver jogos profissionais do América. Fomos muitas
vezes no Andaraí e no Maracanã", começou por afirmar.
"Como estou na política há 12 anos, apesar de ter jogado no Vasco da Gama ,
Flamengo , Fluminense , quando eu digo que sou América, a galera já coloca a
política: 'esse baixinho é f..., falar que é América, porque não perde voto de
ninguém', porque na concepção de todos, o América é o segundo clube de todo
mundo'. Mas, de verdade, de coração e original, é América sempre".
Torcida que mais o marcou
Jogar em três dos quatro grandes do Rio de Janeiro é para poucos. E Romário
teve o privilégio. Mesmo tendo sido revelado e com estátua em São Januário,
Romário revelou que a relação com a torcida do Flamengo foi a que mais o
marcou.
"Assim, como ganhador de título, eu ganhei mais pelo Vasco. Agora, a minha
melhor relação foi com a torcida do Flamengo. Que loucura...É impressionante
(ter estátua em São Januário e grande relação com a torcida rival), mas eu
consegui isso (risos)".
"Eu comecei a jogar no Vasco, depois saí para o PSV . Depois, Barcelona . No
ano seguinte da Copa do Mundo , em 95, eu voltei ao Brasil pelo Flamengo, onde
joguei uns cinco anos. Minha relação foi do c******. Passei a ter um respeito
e carinho muito grande pelo que fizeram por mim"
Depois do Flamengo, Romário volta à Europa para atuar no Valencia. Na volta ao
Brasil, joga mais uma vez pelo Rubro-Negro até voltar ao Vasco, em 2000.
Sobre o retorno ao Cruzmaltino e o recebimento da torcida, Romário deixa claro
que sempre respeitou a equipe de São Januário, apesar das polêmicas envolvidas
na passagem pelo rival.
"Não é todo vascaíno, é mais uma determinada torcida que tem lá, que eu
prefiro nem falar o nome. Mas, hoje, as coisas mudaram. No geral, a minha
relação com a torcida do Vasco é tranquila, fora algumas pessoas dessa Força
Jovem (torcida organizada do Vasco)".
"Quando eu volto para o Vasco, existia por parte da torcida uma dúvida: 'esse
filho da p... jogou aqui, foi pra lá (Flamengo), esculachou a gente aqui',
como também esculachei eles quando estava no Vasco. Esculachar no bom sentido,
de respeito... E daí teve um determinado momento que a torcida do Vasco cismou
que eu era Flamengo mesmo e não tinha nada a ver com o Vasco".
"Eu sou da paz, mas também funciono bem pra c******. Já que quer guerra,
vamos. Mas sou muito grato à instituição Vasco. Comecei lá, tive mais títulos,
lá eu fiz meu miléssimo gol, fiz 1002. Saí de lá pela porta da frente,
realmente há um respeito muito grande", finalizou.
No Brasil, o artilheiro só vestiu a camisa de times cariocas. Além de Vasco,
Flamengo e Fluminense, Romário também atuou pelo América, clube do coração.
Pela seleção brasileira , disputou duas vezes a Copa do Mundo . Em 1990 e
1994, sendo o grande nome do tetra, ao marcar cinco gols em sete jogos.
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Imagem: Arquivo