Em lua de mel no Fla, Renato Gaúcho revê Internacional após era de ouro no Grêmio




Por Leo Burlá e Marinho Saldanha | Uol: Em lua de mel com a torcida do Flamengo , o técnico Renato Gaúcho tem pela frente um rival para lá de conhecido desde seus tempos de jogador. Ídolo eterno do Grêmio , o treinador reencontra hoje (8) o Internacional , às 18h15, no Maracanã, pelo Brasileiro , em busca de sua oitava vitória seguida pelo clube e pela manutenção de um retrospecto positivo ante o Colorado.



Rever Renato não é nada bom para o Inter. Ter pela frente o símbolo gremista traz lembranças dolorosas aos colorados, já que o ex-atacante é o maior símbolo da retomada tricolor e da "era de ouro" que o adversário viveu recentemente.

Até Renato chegar para última sua passagem pelo banco de reservas gremista, a realidade era outra. O Inter ainda tinha memórias vivas dos títulos recentes, tinha conquistado, inclusive, o Estadual daquele ano, 2016, e jamais havia caído para Série B. O Grêmio não ganhava nem o Gauchão desde 2010. Mas bastou a contratação de Renato para tudo mudar.



A conclusão daquela temporada teve o pior desfecho possível para o Colorado. Veio o rebaixamento, e o ídolo ainda tirou o Tricolor de um longo jejum de conquistas relevantes ao erguer a taça da Copa do Brasil.

No ano seguinte, o Grêmio ganharia a Libertadores e desfilaria pelas ruas de Porto Alegre entoando cânticos de provocação. Foi com Renato Gaúcho no comando do time azul, branco e preto que se popularizou a música que diz: "Um minuto de silêncio para o Inter que está morto", entoada a cada nova volta olímpica.



Em sua gestão virou rotina os jogadores do Grêmio provocarem atletas do Inter após vitórias. Luan, Edilson, Maicon, Diego Souza alimentaram a rivalidade Gre-Nal, e, até mesmo um dos treinadores cujos trabalhos foram considerados bons no clube vermelho, ficaram marcados por muitas derrotas no clássico. Eduardo Coudet, por exemplo, deixou Porto Alegre sem conhecer vitória sobre Portaluppi.

Renato, sempre em tom provocativo, dizia que estava "cansado de erguer taças". Quando o assunto era o Inter, era respeitoso, mas também gostava de alfinetar quando podia. Chegou a dizer que o rival "jogava para não perder" quando enfrentava o Grêmio ou "se defendia como time pequeno".



Considerando toda sua carreira como técnico, Renato enfrentou o Inter 35 vezes: venceu 15, empatou 14 e perdeu só seis, totalizando aproveitamento de 56,2%. Na última passagem pela Arena do Grêmio, ele ficou 11 clássicos sem ser derrotado. Ao todo, de setembro de 2016 até abril de 2021, foram 10 vitórias, 10 empates e três derrotas.

Renato se desligou do Tricolor carregando histórico amplamente positivo. Conquistou Copa do Brasil, Libertadores, Recopa Sul-Americana, Recopa Gaúcha e três vezes o Estadual. Enquanto isso, o Inter não conquistou absolutamente nada.

De volta à Gávea, o comandante rubro-negro vai reviver uma doce memória dos tempos em que enlouquecia o Maracanã com seus dribles e arrancadas. Em 1987, ele foi protagonista em um timaço liderado por Zico e que terminou o ano vencendo a Copa União. Do outro lado do campo, um velho conhecido de Porto Alegre: o Inter.


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Imagem: Marcelo Cortes

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