Flamengo deve seguir forte e competitivo, mesmo sem Gerson




A despedida de Gerson no Flamengo teve vitória importante sobre o então invicto Fortaleza de Vojvoda e emoção no discurso final.



Os 2 a 1 foram construídos com gols e superioridade absoluta no primeiro tempo e sofrimento na segunda etapa. Gerson foi o personagem, mas a grande atuação foi de Bruno Henrique. Dois gols, quase outro encobrindo Felipe Alves. Muita mobilidade e dinâmica atuando na função em que rende mais: segundo atacante.

Vacilo logo na volta do intervalo com o gol de David, mas a equipe se recuperou com as substituições de Rogério Ceni, que, ao contrário da passividade na derrota de virada para o Bragantino, desta vez renovou o fôlego. Gerson foi jogar pela direita, na função de Everton Ribeiro.



Por ali perdeu um gol feito, recebendo passe de João Gomes. Mostrando que finalização é algo que terá que aprimorar na Europa. Assim como a velocidade na circulação da bola. Gerson é fantástico na proteção, mas muitas vezes atrasa os ataques com um giro ou um toque a mais. E a transição defensiva pode evoluir também, deixando menos buracos às costas e voltando mais rápido.

Questões que agora estão a cargo de Jorge Sampaoli no Olympique de Marselha. Ceni tem que se preocupar com a reposição no elenco desfalcado pelas seleções na Copa América.



João Gomes deve ser o titular nesta primeira etapa. O jovem meio-campista normalmente torna o meio-campo mais combativo. Só precisa dosar a vontade na marcação, muitas vezes fazendo faltas duras já com cartão amarelo, como contra o Fortaleza. Se Daronco fosse mais rígido, o Fla poderia ter complicado ainda mais a partida com um homem a menos.

Por outro lado, o volante solta a bola mais rápido e, com sequência de jogos, pode ganhar confiança para repetir passes que quebram a marcação, como o de letra que iniciou a jogada do gol de Bruno Henrique nos 3 a 2 sobre a LDU em Quito, pela Libertadores, e o toque em profundidade para Matheuzinho servir Bruno Henrique no segundo contra o Coritiba pela Copa do Brasil.



Thiago Maia voltou a ser relacionado e ficar no banco depois de oito meses. Simbólico, porque o meio-campista é a grande esperança de manutenção de alto desempenho. Tudo depende, porém, da resposta em campo. A parada foi longa e o problema no joelho muito sério. Se conseguir responder física e tecnicamente, é reforço importante.

A diretoria age no mercado. O objetivo é contratar, mas com responsabilidade para manter o orçamento controlado. Mais um meio-campista e um atacante de velocidade e movimentação são as prioridades. Importante para não depender de Vitinho e Michael nas vagas de Everton Ribeiro e De Arrascaeta. Não só agora, durante a Copa América, mas também nas próximas datas FIFA.



Se Marcos Braz for certeiro novamente, o elenco ficará ainda mais encorpado, com menos lacunas. Com todas as chances de se manter vencedor.

Gerson se junta a Jorge Jesus, Rafinha e Pablo Marí como as ausências em relação ao lendário time de 2019. O "Coringa" está na história e comoveu ao falar do sonho de criança realizado com a própria imagem no telão do Maracanã. Mas agora é passado. A vida segue é o Flamengo deve seguir forte e competitivo.


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Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/colunas/andre-rocha/2021/06/24/flamengo-deve-seguir-forte-e-competitivo-mesmo-sem-gerson.htm
Imagem: Jorge Rodrigues/AGIF

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