Carinho dos companheiros, nostalgia e lágrimas. Gerson está de despedida do
Flamengo e não conteve a emoção em homenagem realizada nesta terça-feira em
programa na FlaTV. Ao lado de Diego, Diego Alves, Filipe Luís, Bruno Henrique,
Gabriel Batista e Hugo Moura, o volante recordou momentos com a camisa
rubro-negra, se divertiu e foi aos prantos.
O camisa 8 fará sua última partida com a camisa do Flamengo nesta
quarta-feira, às 19h (de Brasília), no Maracanã, diante do Fortaleza, pela
sexta rodada do Brasileirão. Ao longo do bate-papo com os companheiros, Gerson
falou sobre o apelido de Coringa que o marcou na passagem pelo Ninho do Urubu
e as muitas posições em que atuou.
- Só faltou zagueiro, lateral e goleiro. Diego Alves de vez em quando não pula
no gol. Se precisar, vou bem no gol (risos).
Após quase meia hora de conversa, Gerson não segurou as lágrimas e agradeceu o
carinho do amigos:
- Fico emocionado lembrando as coisas que eu já passei na vida e agora poder
escutar palavras de pessoas muito importantes, que são referências dentro e
fora de casa, ídolos para muitas pessoas. São palavras que vou levar para o
resto da vida e só posso agradecer.
Com a camisa do Flamengo, Gerson entrou em campo 108 vezes e marcou sete gols.
O volante foi bicampeão carioca, bicampeão do Brasileirão, bicampeão da
Supercopa do Brasil, campeão da Libertadores e campeão da Recopa.
Confira outros trechos da entrevista:
Relação com Jorge Jesus
- O Mister fez um esforço muito grande para eu jogar no Flamengo. Me ligava
diariamente, falava que contava comigo no Flamengo, estava largado na Itália,
pensava em deixar o futebol de lado, mas ele me passava confiança. A Roma
tinha dito que não contava comigo na temporada, não tinha muito clube para eu
ir, e ele disse: "Se eles não contam contigo aí, eu conto contigo aqui".
Fiquei muito feliz pela confiança no meu futebol.
Melhor jogo
- O que eu dei o título para vocês, contra o Del Valle. Com um a menos, eu
falei: "Calma!".
Criação do Vapo
- Estava na Itália há muito tempo sem fazer gol, a bola não entrava.
Conversando com meus parceiros e um amigo meu deu a ideia de comemorar como se
tivesse cortando o pescoço dos caras, executando. Mas nada de o gol sair. Vim
para cá, no meu terceiro jogo, primeiro no Maracanã, trouxe para dentro e
chutei. Fiquei tonto. Corri para cá, para lá e meti o vapo.
Sucesso no Flamengo
- Quando as coisas foram desenvolvendo, eu falei: "Acho que vai dar bom". Mas
não achava que ia ganhar vários títulos, um mais importante do que o outro.
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Fonte: https://ge.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/entre-lagrimas-e-sorrisos-gerson-e-abracado-por-companheiros-e-se-despede-do-flamengo.ghtml
Imagem: Reprodução
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