Mauro Cezar "Zé Ricardo por um fio no Flamengo"



Por Mauro Cezar - A derrota para o Sport em pífia atuação colocou o técnico do Flamengo na marca do pênalti. A situação de Zé Ricardo lembra a de Cristóvão Borges e Oswaldo de Oliveira, contratados e demitidos em 2015, mesmo depois de declarações do presidente Eduardo Bandeira de Mello sobre "trabalho de longo prazo". Pressões partem de torcedores, dirigentes, sócios, conselheiros...


Uma reunião deverá acontecer nesta quinta-feira entre o próprio presidente, o CEO Fred Luz, o diretor-executivo Rodrigo Caetano e o técnico. A tendência é que Zé Ricardo comande a equipe domingo, contra o Avaí. Mas em caso de nova derrota em Florianópolis a permanência será quase impossível. É sua chance final.

Curiosamente, o outro técnico demitido por Bandeira em 2015 (foram três naquele ano) caiu após perder por 2 a 1 na Ressacada. Vanderlei Luxemburgo foi mandado embora do Flamengo depois daquela partida, coincidentemente o atual técnico do Sport, algoz dos flamenguistas na noite de quarta-feira, no Recife, vencendo por 2 a 0.

As pressões sobre Zé Ricardo ficam mais intensas diante dos erros de Muralha, que falhou duas vezes seguidas até tomar o primeiro gol, de Oswaldo, e, como quase sempre, Márcio Araújo. Rafael Vaz já foi barrado duas vezes após seguidas falhas, mas o goleiro e o volante não perdem espaço no time titular, algo inexplicável, de fato.

Ronaldo, campeão da Copa São Paulo 2016, Rômulo, ex-seleção e contratado ao Spartak de Moscou no início do ano, além Cuellar, que também já foi convocado pela Colômbia, não têm muitas oportunidades. Já Márcio Araújo segue intocável. Para o jogo na Ilha do Retiro, o colombiano voltou a perder o lugar entre os titulares.

Alex Muralha está em sua segunda temporada no Flamengo. Barrou em 2016 Paulo Victor, emprestado ao Gaziantepspor da Turquia, mas vive péssima fase há meses. Além de não demonstrar eficiência mínima em cobranças de pênaltis, falha frequentemente. Não foi diferente no Recife, culpado direto pelo primeiro tento do Sport.

Thiago, campeão da Copa São Paulo há 16 meses, promovido a reserva imediato do arqueiro contratado ao Figueirense, praticamente não foi testado. Ele esteve em campo em 2017 apenas em jogos inexpressivos do Estadual, contra o Volta Redonda (1 a 1), Resende (1 a 0) e Portuguesa (5 a 1), quando o time estava repleto de suplentes.

O jovem goleiro deveria ter sido avaliado em clássicos do Campeonato Carioca, oportunidades não faltaram para isso. Agora a tendência é que seja lançado no lugar do desgastado Muralha diante do time catarinense no domingo. A delegação embarcou na madrugada para o Rio de Janeiro, com chegada prevista ao amanhecer.

E com muitas mudanças encaminhadas, podendo não parar por aí. Domingo deverá ser o "Dia D" para Zé Ricardo. E poderá ser uma data perigosíssima para o Flamengo. Com as decisões passando por um presidente e um CEO que nada entendem de futebol, o risco de uma "grife" fora de moda ser contratada como técnico é real.

Vale lembrar que Muricy Ramalho chegou no começo do atual mandato de Bandeira, o time era uma bagunça tática absurda, perdeu para Confiança e Fortaleza, ambos da Série C, sendo eliminado pelo time cearense da Copa do Brasil. E foi o novato Zé Ricardo quem organizou o time e o levou a disputar o título brasileiro.

DataESPN analisa o Atlético-MG de Marcelo Oliveira


No ano passado o Corinthians foi buscar Oswaldo de Oliveira, afastou Fábio Carille, não deu certo, acabou recolocando o ex-auxiliar no cargo. Veja o que está acontecendo com o campeão paulista. No mercado há um treinador disponível que vem de bom trabalho, Dorival Júnior, e outro, Marcelo Oliveira, com títulos e últimas aparições pavorosas no Palmeiras — clique aqui e veja — e Atlético (vídeo acima). Times desorganizadíssimos.

Que perigo, não?







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