Em desembarque agitado, Fla chega ao Rio com protestos contra Temer



O Flamengo desembarcou nesta quinta-feira no Aeroporto Santos Dumont sob protesto. Mas a crítica não era ao elenco devido à fraca atuação na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-GO, nem tampouco contra o técnico Zé Ricardo ou os dirigentes. Acostumados com a torcida sempre presente para receber a equipe – só havia funcionários do aeroporto com a camisa do clube -, desta vez os atletas lidaram com manifestantes.

Ao ver as câmeras apontadas para os jogadores, um grupo iniciou protesto político que pedia em alto e bom som a saída do presidente Michel Temer.

Ederson e Matheus Sávio - autor do segundo gol na classificação contra o Atlético-GO, na última quarta - foram os únicos jogadores que pararam para falar com a imprensa e tiveram dificuldades de ouvir e serem ouvidos. Para o camisa 10 e titular no jogo, apesar da eliminação na Libertadores, a classificação na Copa do Brasil deixa o elenco contente.

- Com certeza, a gente queria muito se classificar na Libertadores, era nosso objetivo, mas infelizmente não deu certo. A gente tem que saber que algo ruim pode servir para fortalecer o time. Precisamos de tranquilidade e saber que não podemos mais passar por isso. A gente está feliz com o resultado de ontem.

Muito vaiado e principal causador da irritação da torcida quando foi chamado pelo técnico Zé Ricardo, Matheus Savio tem sofrido muita pressão desde a eliminação na Libertadores. Ao marcar o gol que decretou a classificação do Rubro-Negro carioca, Sávio chorou em campo, mas afirma que a pressão não era só nele, mas sim no elenco.

- Não só eu estava sentindo essa pressão, o grupo todo estava. A gente ficou com uma ferida da Libertadores que a gente sabe que vai ficar até o final do ano, temos que usar como motivação. A gente sabe que foi uma eliminação cruel, mas a gente vai trabalhar mais ainda, manter o foco e todo jogo é decisão para a gente agora.

O goleiro Alex Muralha, que não esteve bem em campo, recusou os microfones ao ser abordado. Enquanto os repórteres tentavam tirar dele uma palavra, manteve-se calado e caminhando em direção reta.

Boa parte dos jogadores saiu pela porta onde Matheus Savio parou para conceder entrevista. Pará, Cuéllar, Réver, Leandro Damião, Felipe Vizeu, e Muralha foram alguns deles. Zé Ricardo também passou pelo mesmo lugar e apertou a mão de um torcedor, que o parou pedindo foto. Outros preferiram portões alternativos diante do barulho causado pelos manifestantes. Globoesporte.com | Foto: Fred Gomes





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