Gerson, o curinga que não deixou o Flamengo sentir falta de ninguém



Coringa do Flamengo, Gerson muda de posição, muda de número de camisa, mas seu futebol só cresce sob o comando de Jorge Jesus, mesmo que só tenha marcado apenas um gol. O meio-campo completou 11 partidas desde que chegou ao clube na vitória sobre o Palmeiras, no domingo, e participou de todas - em apenas uma saiu do banco de reservas. Ao todo, foram quatro funções desempenhadas: segundo volante, meia, ponta direita e ponta esquerda.



Agora camisa oito, Gerson tem algumas estatísticas ainda discretas. No Brasileiro, são nove passes decisivos, 308 certos, ou 85%, mas nenhuma assistência. No entanto, o jogador é um dos que mais vence duelos no Flamengo. São mais de oito por jogo, acima de Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol.

A principal tarefa de Gerson no início foi preencher a lacuna deixada por Diego e Arrascaeta, que se lesionaram. Tanto que depois da estreia contra o Corinthians, quando atuou como ponta, Gerson jogou ao lado de Arão na partida contra o Emelec, em que o camisa 10 se machucou gravemente.



Desde então, o reforço contratado no meio da temporada foi o principal articulador de jogadas em quatro partidas - Botafogo, Emelec, Bahia e Grêmio. Nelas, o Flamengo teve o retorno do uruguaio de forma gradativa, e Gerson foi quem deu conta do recado, atuando com mais intensidade na transição do meio para o ataque.

Como Gabigol também se machucou em seguida, o meia atuou mais centralizado, enquanto Arrascaeta ficou mais próximo de Bruno Henrique no ataque. Contra o Vasco, o camisa 14 retornou à sua função original, e empurrou Gerson para a ponta direita, uma vez que Gabigol já havia retornado.



A dança de Gerson não parou por aí. Na primeira partida das quartas de final da Libertadores, o Flamengo teve todo o elenco à disposição, e Gerson começou no banco contra o Internacional, no Maracanã. Mas entrou no começo da etapa final no lugar de Arrascaeta, que havia se sentido mal, e ajudou o time a vencer.

Na vitória sobre o Ceará, que levou o Flamengo à liderança do Brasileiro, o técnico Jorge Jesus poupou alguns jogadores, mas não Gerson, que novamente entrou na ponta direita, no lugar de Éverton Ribeiro. O camisa sete foi quem mais vezes deixou o time para a entrada do novo reforço.



Depois da venda de Cuéllar, o Flamengo retornou à formação em que Gerson ficaria novamente na posição de segundo volante, para a qual teoricamente foi contratado. O meio-campo já entrou bem na função na decisão contra o Internacional, em Porto Alegre, em que Arão estava suspenso. No jogo com o Palmeiras, já sem Cuéllar, Gerson e Arão formaram a dupla ideal de volantes.

A intensa ciranda vivida por Gerson em tão pouco tempo de Flamengo poderia dar um nó na cabeça de muitos jogadores. Mas o jovem de 22 anos sempre lembra que sua vontade de atuar no time de coração o faz se sentir em casa desde o começo.


Fonte: https://extra.globo.com/esporte/flamengo/gerson-curinga-que-nao-deixou-flamengo-sentir-falta-de-ninguem-23924440.html

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