Flamengo prepara apresentação das receitas para viabilizar construção do Estádio no Gasômetro


A diretoria do Flamengo deve divulgar nos próximos dias, possivelmente ainda nesta semana, o primeiro detalhamento das receitas planejadas para financiar a construção do novo estádio no Gasômetro. O custo estimado do projeto, inicialmente calculado em R$ 1,5 bilhão, agora está sendo revisado e pode chegar a R$ 1,7 bilhão, segundo discussões internas.

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Segundo informações do jornalista Rodrigo Mattos, do Uol, entre as principais fontes de renda para viabilizar o empreendimento, destaca-se o potencial de naming rights do estádio. A expectativa inicial da diretoria era arrecadar entre R$ 70 e R$ 80 milhões por ano com esse contrato. Contudo, a experiência recente de outros clubes, como o São Paulo, que vendeu o naming rights do Morumbi por valores entre R$ 25 e R$ 30 milhões anuais, sugere que o Flamengo poderá precisar ajustar suas expectativas para atender à realidade do mercado brasileiro.

Outra fonte de receita importante será a venda de camarotes, com um plano inicial de 180 unidades — número superior aos 120 disponíveis no Maracanã. Os camarotes no novo estádio devem ser menores, buscando maximizar o espaço e atender às exigências do público-alvo. Ainda assim, essa quantidade pode sofrer ajustes para se alinhar à demanda do mercado.

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A venda de cadeiras cativas também está nos planos da diretoria, com opções de cessão por períodos de três, sete ou onze anos. O presidente Rodolfo Landim estima que a arrecadação com cadeiras cativas possa alcançar R$ 150 milhões, com a venda de aproximadamente mil unidades. Entretanto, os prazos e valores exatos ainda estão em fase de análise de mercado.

Inicialmente, a diretoria também planejava arrecadar valores significativos com a partida de abertura do estádio e o chamado “tijolinho virtual” — uma proposta de colocar o nome dos torcedores em painéis no estádio como forma de contribuição financeira. No entanto, ambos os itens perderam força nas discussões recentes, uma vez que a venda de ingressos para o jogo de abertura com valores acima de R$ 5 mil foi considerada inviável, e o tijolinho virtual, embora interessante, enfrenta o desafio de ser uma fonte de receita incerta.

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Outro recurso que poderá impulsionar o projeto é o CEPAC, título de potencial construtivo da Gávea. Dependente de aprovação legislativa e venda posterior, o CEPAC poderia render até R$ 700 milhões para o clube. Essa fonte, porém, exige uma série de trâmites para se tornar realidade e representa um dos maiores desafios do plano de financiamento.

A antecipação de receitas para garantir a construção do estádio também é considerada pela diretoria, mas com ressalvas. A medida envolveria abrir mão de parte dos valores futuros, como os do naming rights, em troca de uma quantia menor a ser recebida antecipadamente, considerando o desconto de valor presente. Isso se aplicaria a várias fontes de receita, com impacto na previsão inicial de ganhos ao longo de 20 a 25 anos.

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Com um projeto grandioso e promessas feitas durante a campanha eleitoral, a diretoria busca assegurar que as receitas planejadas sejam suficientes para cobrir a construção sem comprometer as finanças do futebol. A conta não é simples, mas os dirigentes mantêm o otimismo em viabilizar o sonho do novo estádio.


Imagem: Divulgação

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