Para quem antes ameaçou dizendo que não pagaria mais a multa de R$ 500 mil ao Flamengo pela utilização de Hugo Souza, o Corinthians foi rápido em mudar de ideia. Dias atrás, o time paulista chegou a informar que havia formalizado o direito de opção de compra do goleiro e, por isso, não pagaria mais a multa por sua utilização em jogos contra o Flamengo.
CONTINUA APÓS PUBLICIDADEPorém, ter o direito de opção de compra é diferente de comprar e pagar pelo atleta. Como o clube não pagou à vista e o fiador apresentado, exigido pelo Flamengo para uma compra parcelada, foi recusado pelo rubro-negro, o goleiro ainda pertence ao Flamengo. Uma possível utilização do jogador sem o pagamento da multa resultaria na quebra de contrato, e o Flamengo não seria mais obrigado a vender o goleiro ao time paulista.
Certamente alertado por seus advogados, o time paulista "recuou" da ideia inicial de não pagar ao Flamengo. Nesta sexta-feira, um diretor do clube de São Paulo comentou o caso e afirmou que o time vai pagar ao Flamengo depois da partida deste domingo.
CONTINUA APÓS PUBLICIDADE"Existe um contrato de empréstimo em vigor. O Corinthians cumpre esse contrato integralmente, inclusive fez o pagamento dos valores das multas pelos jogos que o Hugo já jogou. Para você ter a obrigatoriedade de pagar uma multa, tem que ocorrer uma infração. Pagar antecipado, na verdade, não é uma obrigação. A obrigação acontece após a infração contratual. Então, depois que o atleta jogar, é que o Corinthians tem que fazer o pagamento. O Corinthians já fez o pagamento das partidas nas quais o atleta jogou contra o Flamengo", disse ele, em entrevista à 'ESPN'.
O detalhe que ele esqueceu de mencionar é que quem afirmou que não ia pagar foi o próprio Corinthians. E, para se sair bem com sua torcida, jogou essa questão agora na imprensa, como se o Flamengo estivesse querendo receber os R$ 500 mil de multa antes da partida, o que nunca aconteceu. O único imbróglio recente sobre o pagamento foi referente à compra do goleiro, ou seja, os 800 mil euros (quase R$ 5 milhões) estipulados pelos 50% dos direitos econômicos do jogador.