Nesta quarta-feira (4), o Flamengo emitiu um comunicado oficial para desmentir informações que circulavam sobre um suposto acordo com o clube português Leixões. O Conselho Diretor do Rubro-Negro confirmou que há negociações em andamento, mas enfatizou que o projeto é diferente do que vem sendo divulgado, ressaltando que as acusações feitas durante o processo eleitoral são infundadas.
CONTINUA APÓS PUBLICIDADEDe acordo com o comunicado, o Flamengo está negociando para administrar o Leixões por três anos, sem a aquisição imediata de participação societária, o que evitaria que o clube assumisse eventuais dívidas ou passivos. A proposta também inclui uma opção de compra ao final desse período, mas sem obrigatoriedade de pagamento antecipado. A operação será submetida ao Conselho Deliberativo para aprovação.
A questão ganhou relevância no contexto eleitoral do Flamengo. Enquanto o candidato Bap, ex-aliado do presidente Rodolfo Landim, descarta completamente a ideia de comprar um clube no exterior, Rodrigo Dunshee, candidato apoiado por Landim, considera a possibilidade.
CONTINUA APÓS PUBLICIDADENo comunicado, o clube ainda destacou que o projeto atual é muito mais vantajoso que o proposto no passado para a compra do Tondela, outro clube português. Segundo o Flamengo, o antigo acordo demandava um alto investimento imediato e envolvia a intermediação de uma empresa externa, enquanto o modelo atual garante maior controle e segurança financeira para o clube.
Conflito de Visões na Eleição do Flamengo
O tema se tornou um dos pontos centrais nos debates eleitorais. Bap, que é contrário à compra de clubes internacionais, afirmou em entrevistas que, caso eleito, desfaria qualquer acordo nesse sentido. Ele criticou as negociações e disse que não vê necessidade de expandir os negócios do Flamengo dessa forma.
CONTINUA APÓS PUBLICIDADEPor outro lado, Dunshee, que é o candidato da continuidade, mostrou-se aberto à ideia e defende que o Flamengo deve expandir sua marca globalmente, mas de maneira estratégica e segura.
A nota oficial encerra destacando que o Flamengo deve ser tratado com respeito e que discursos irresponsáveis durante o período eleitoral podem prejudicar a imagem do clube perante o mercado e seus parceiros.
CONTINUA APÓS PUBLICIDADECom o período eleitoral esquentando, o futuro do Flamengo, tanto dentro quanto fora de campo, depende não apenas das decisões da atual gestão, mas também dos rumos que a nova diretoria, eleita em breve, poderá seguir.
Veja a nota na Integra:
"O Conselho Diretor do Clube de Regatas do Flamengo vem a público manifestar seu repúdio às insinuações irresponsáveis e mentirosas a respeito do possível acordo de operações com o clube português Leixões.
A atual administração entende que o tamanho e a força da marca do Clube o credenciam para pensarmos sempre em um Flamengo ainda maior.
O processo eleitoral não pode permitir que os postulantes façam ilações ou acusações irresponsáveis, sem quaisquer indícios ou provas, e sem, ao menos, conhecer os termos e condições da operação que está sendo negociada.
É importante destacar que a operação, como vem sendo planejada, acarretará um contrato muito diferente e mais benéfico ao Flamengo do que a proposta apresentada, no passado, pelos Srs. Rodrigo Tostes e Claudio Pracownik, quando estes lideraram e foram os maiores incentivadores do projeto para aquisição do controle societário de um outro clube português por parte do Flamengo (o "Tondela").
Na ocasião, a compra do Tondela seria intermediada e assessorada por uma empresa dirigida pelo Sr. Claudio Pracownik, e demandaria o pagamento de milhões de Euros, dos quais relevante parte seria paga pelo Flamengo, e ficando ajustado, ainda, que a empresa do Sr. Claudio Pracownik exerceria a gestão do negócio por, no mínimo, um ano e receberia uma elevada remuneração pela assessoria na operação societária e pela gestão do negócio.
O projeto que este Conselho Diretor vem negociando para o Leixões se mostra totalmente diferente e mais benéfico ao Clube. A parceria que está sendo negociada colocaria o Flamengo como administrador do clube por três anos, sem a aquisição imediata de participação societária, o que evitará o direcionamento para o Flamengo de eventuais prejuízos ou passivos do Leixões e dispensará a necessidade de pagamento imediato para a compra das ações daquele Clube.
Este contrato para a possível parceria, que será apresentado ao Conselho Deliberativo ("CODE") para aprovação, dará ao Flamengo uma possível opção de compra após um período de operação (três anos). De igual maneira, o exercício desta opção de compra do Leixões poderá ou não ser levada ao CODE, pelo próximo presidente do Clube, após a análise dos resultados e das diligências que serão realizadas durante o período de gestão do Leixões pelo Flamengo
Ou seja, diferentemente do caso Tondela, a negociação do Leixões não envolve nenhum dispêndio obrigatório de valores para a compra das ações.
Assim que terminarmos de discutir os últimos pontos do contrato, ele será submetido para o CODE, que poderá ver e deliberar acerca desta oportunidade que se abre para o Flamengo no exterior.
Por fim, gostaríamos de registrar nossa visão que, apesar de estarmos vivendo um período eleitoral, não podemos aceitar falas irresponsáveis e mentirosas de pré-candidatos e seus apoiadores. Tais atitudes só servem para manchar a imagem institucional do Flamengo perante o mercado e nossos parceiros.
As pessoas precisam entender que o Flamengo é muito maior do que elas e que todo rubro-negro deve pensar mais no nosso Clube do que em seus interesses pessoais."
Imagem: Divulgação
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