John Textor, dono da SAF do Botafogo, em entrevista ao Globo Esporte, defendeu
a criação de um teto de gastos e destacou o Bahia como grande beneficiário da
atual estrutura administrativa do futebol brasileiro. Segundo ele, "seria um limite interno, onde não se poderia gastar mais do que uma
determinada quantia, garantindo que o fluxo de recursos beneficie jogadores
em todos os níveis". Ele comparou a situação com o Manchester City, mencionando que
"o Brasil trouxe dinheiro do petróleo para casa".
Textor fez um alerta aos principais clubes brasileiros: "Se não fizermos algo agora sobre um teto salarial, o Bahia vai comer nosso
almoço (...) Esse é meu aviso para Corinthians, Palmeiras, Flamengo... Se
não fizermos algo, vamos acordar daqui a 70 anos, sob a atual estrutura
administrativa, com as pessoas que estão aqui hoje, o Bahia vai ganhar o
Campeonato Brasileiro em 17 de cada 20 anos. Precisamos consertar isso
agora. A Liga tem que ser feita agora, o teto salarial também".
O proprietário do Botafogo argumentou que a competição se torna desleal ao
competir contra a injeção financeira de países que fazem do investimento no
futebol uma política de estado. Ele citou a França como exemplo, onde também é
dono do Lyon, dizendo:
"Eles são Abu Dhabi. Nós temos que competir contra o Catar (PSG) na França.
Eu estou disputando com um país, não com um dono. Um modelo de gasto
desenfreado, sem restrições. Desde que eles consigam gerar receita
suficiente, e eles conseguem devido às relações com o Catar e com os
patrocínios. Então eles conseguem colocar as receitas exatamente onde eles
precisam, para gastar o que eles querem porque desejam ganhar a Liga dos
Campeões", concluiu Textor.
Imagem: Divulgação
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