Um editorial publicado no último domingo (1º de julho) pelo jornal "O Globo"
gerou grande repercussão ao criticar veementemente a construção do estádio
para o Flamengo no Gasômetro, zona portuária do Rio de Janeiro. O texto
questiona a necessidade de mais um estádio na cidade, a apenas 3 km do
Maracanã, e levanta dúvidas sobre as reais motivações por trás do projeto.
Um elefante branco à espreita?
O editorial destaca o alto investimento na reforma do Maracanã para a Copa do
Mundo de 2014, que custou mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. O texto
teme que o "Templo do Futebol" se torne um "elefante branco" caso o Flamengo,
um dos seus principais usuários, opte por mandar seus jogos em um novo local.
Interesses em jogo?
O "Globo" questiona as motivações do prefeito Eduardo Paes em apoiar
fervorosamente o projeto do Flamengo. O editorial sugere que a iniciativa
esteja atrelada a interesses eleitoreiros, já que a torcida rubro-negra
representa um grande contingente do eleitorado carioca. As pesquisas indicam
que Paes tem chances de se reeleger no primeiro turno.
Maracanã subaproveitado?
Em vez de construir um novo estádio, o editorial propõe a renegociação dos
termos da concessão do Maracanã, buscando torná-lo mais rentável para o
Flamengo e para o estado. No entanto, o texto reconhece a complexidade dessa
alternativa, dadas as rígidas regras do edital de concessão e a aprovação pelo
Tribunal de Contas do Estado.
Futuro incerto para o Maracanã?
O "Globo" questiona a promessa do Flamengo de seguir utilizando o Maracanã
mesmo após a construção do seu estádio próprio. O editorial argumenta que é
improvável que o clube invista R$ 2 bilhões em um novo estádio para usá-lo
apenas em ocasiões especiais. A consequência, segundo o texto, seria a
subutilização do Maracanã, com o ônus da manutenção recaindo sobre o estado e,
consequentemente, sobre todos os torcedores.
Veja abaixo o editorial do Grupo Globo:
Imagem: Divulgação
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