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Em alta na Udinese, Walace foi alvo recentemente do futebol brasileiro. O
volante de 27 anos admitiu à ESPN que recebeu uma oferta do Flamengo e chegou
a falar com o vice de futebol Marcos Braz. No entanto, os clubes não chegaram
a um acordo sobre os valores e a negociação não foi concluída.
"Recentemente teve uma proposta do Flamengo e me interessava também. Tive
algumas conversas com o Braz, mas não andou por causa de alguns números porque
a Udinese tem como teto me vender em um número que não chegou", disse.
Com 15 jogos na temporada, Walace é titular absoluto e foi elogiado pelo
treinador Andrea Sottil. Na última quinta-feira, o volante renovou contrato
com a equipe italiana até dezembro de 2026.
"Não é que fiquei forçado na Udinese. Claro, você recebe uma proposta do
Flamengo pelo time que é, pelo grande momento e pelo planejamento é difícil
você dizer não. Não aconteceu, mas sigo feliz aqui e trabalhado muito para
estar bem no clube", disse o jogador.
Em 2019, Walace trocou o Hannover 96 pela Udinese.
"A Itália surgiu para mudar a minha vida. Tinha uma proposta da China também,
mas não era o que queria porque queria ficar na Europa. Surgiu a Udinese e não
pensei duas vezes desde o primeiro contato. Demonstrei meu total interesse em
vir".
No quarto ano de Itália, o meio-campista acredita que está no auge da
carreira.
"Me sinto muito feliz e sinceramente vivo a minha melhor temporada. Ano
passado fui muito bem, mas esse ano consegui dar um passo para frente e impor
meu jogo físico, técnico, setor defensivo e ajudar nessa transição. Espero
continuar e terminar o campeonato assim, fazendo o maior número de pontos
possível".
Atualmente, a Udinese é a oitava colocada do Campeonato Italiano, com 24
pontos.
"Nosso objetivo é fazer o máximo de pontos. Enxergamos uma partida de cada
vez".
Revelado no Grêmio, Walace subiu aos profissionais em 2014 sob o comando de
Felipão. Três anos depois, foi vendido ao Hamburgo, da Alemanha, que viveu uma
grande crise e foi rebaixado.
"Foi uma escolha que fiz com minha família e meus empresários porque decidimos
entre as outras que tinham. Decidimos que naquele momento era a melhor oferta.
Eu abracei o projeto que me passaram e fui para a Alemanha. Nem tudo ocorreu
como planejado, mas não me arrependo porque foi um grande aprendizado todos os
aspectos".
Desde que chegou à Europa, Walace jogou contra grandes equipe do futebol
europeu.
"Enfrentei o Bayern que tinha Ribery, Robben, Xabi Alonso, Boateng.... Era um
time muito qualificado e de alto nível. Enfrentei o Dortmund contra Dembélé,
Pulisic e Aubameyang. Na Itália, joguei contra a Juventus do Cristiano Ronaldo
e o Lukaku na Inter de Milão".
De todos os craques, Robben, que atuava no Bayern, foi o que mais surpreendeu
o volante.
"Eu sabia que era muito bom, mas não tanto quanto eu o vi jogar. Na televisão
não parecia, mas é muito dinâmico. Todo mundo fala que ele vai para a
esquerda, mas não consegue pegar o cara. Sempre arruma um jeito de fazer o que
quer. Precisa ter coordenação e agilidade. De fora você vê de uma forma, mas
por dentro é muito mais complicado".
Campeão olímpico em 2016, Walace diz que não pensa tanto em seleção brasileira
neste momento e está mais focado na Udinese.
"A seleção brasileira é uma honra e temos sempre que pensar. Ficaria muito
feliz em defender o meu país porque é um sonho. É um clima dos jogadores, tudo
diferente. É muito bom".
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