Uol:
Alvo de críticas, o departamento médico do Flamengo vive meses de paz na
temporada. No início do ano se manteve nos holofotes, no entanto, a calmaria
chegou ao setor. A cobrança trouxe à tona a necessidade de investimentos e,
pouco tempo depois, os resultados são explícitos.
As mudanças internas de fato começaram a acontecer no mês de junho e, dois
meses depois, o Flamengo se consolida mais forte para encarar o momento
perigoso da temporada com o departamento médico quase zerado de lesões.
Por enquanto, as ausências são: Bruno Henrique (fisioterapia após cirurgia no
joelho), Rodrigo Caio (fisioterapia no campo após tendinite no joelho) e Diego
Alves (tratamento após dores no púbis). O atacante, por sua vez, será
desfalque até o meio de 2023.
O departamento médico vazio é resultado de um Flamengo que intensificou os
cuidados e preveniu lesões ao longo dos meses. A última lesão foi a de Bruno
Henrique, em 15 de junho, no entanto, antes disso, o clube estava há quase um
mês sem diagnóstico. Na ocasião, em 17 de maio, David Luiz teve grau 1 na
panturrilha direita.
Em meio a isso, Paulo Sousa precisou lidar com muito mais desfalques que
Dorival Júnior, que chegou no momento em que o departamento médico começou a
colher frutos. Além, claro, da reformulação feita devido aos investimentos no
setor. Em junho, o Flamengo acertou o retorno do coordenador científico
Michael Minthorne, que era consultor do clube quando a EXOS — empresa voltada
para a alta performance de atletas — tinha acordo com o Rubro-Negro. Além
disso, trouxe o fisiologista Tadashi Hara.
Foi neste mesmo mês que Dorival Júnior chegou ao clube. Assim, desde então, a
comissão técnica é formada por Lucas Silvestre (auxiliar), Pedro Sotero
(auxiliar), Celso Rezende (preparador físico), Willian Costa (preparador
físico) e Thiago Eller (preparador de goleiros).
Dorival chegou para 'arrumar a casa' e, em pouco tempo, fez o elenco do
Flamengo reencontrar a boa fase e caminhar para retornar o protagonismo. O
trabalho de monitoramento da saúde física dos atletas é feito diariamente no
CT e corroboram com a prevenção de lesões.
De junho para cá não houve nenhuma lesão além do Bruno Henrique. Neste
período, David Luiz apresentou dores na posterior da coxa direita e Diego
Ribas sentiu o adutor da coxa direita.
Fora isso, as aparições no DM foram por quadro viral (Thiago Maia e Hugo),
amigdalite (Matheuzinho), lombalgia (Arrascaeta), faringite (Marinho) e
gastroenterite (Matheus Cunha), além do recente 'surto' de covid-19.
De todos os problemas musculares nos últimos dois meses, Diego Ribas foi o
único a sentir o desconforto durante o treinamento. Bruno Henrique, David Luiz
e Rodrigo Caio foram em lances de jogo.
Ainda que tenha a maior quantidade de jogadores à disposição, a comissão
técnica observa o calendário e faz rodagem no elenco. O time visto como
titular atuou só em cinco oportunidades e, curiosamente, desde a primeira
atuação foi a campo um jogo sim e outro não. Em meio a isso, Dorival reveza os
zagueiros e os laterais, principalmente.
O Flamengo vive o momento determinante na temporada com o DM quase zerado. O
clube disputa as quartas da Copa do Brasil e da Libertadores, além de estar em
ascensão no Campeonato Brasileiro. Com exceção de Bruno Henrique, que só volta
o ano que vem, o Fla tem o planejamento de contar com os 28 jogadores nesta
reta final.
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Imagem: Divulgação