Acertado com o Flamengo, Oscar teve múltiplas funções e fase mais artilheira da carreira na China




O Globo: Acertado com o Flamengo, que já prepara seu anúncio oficial, Oscar encerrou na quarta-feira um período de seis anos na China, ao se despedir momentaneamente do Shanghai Port. O jogador foi autorizado pelo clube a passar alguns meses no Brasil por questões familiares, o que facilitou sua contratação por empréstimo pelo rubro-negro.



Ele chegou à equipe chinesa na virada de 2016 para 2017, quando deixou o Chelsea, com status de maior salário do futebol asiático e um dos maiores do mundo: 24 milhões de euros por ano. Hoje, essa cifra o coloca em 10º na lista dos jogadores de futebol mais bem pago do planeta, ao lado de Karim Benzema, do Real Madrid, e em segundo na Ásia, atrás apenas de Iniesta, do Vissel Kobe, do Japão, segundo informações do jornal espanhol Marca.

Contratação mais badalada do Shanghai de 2017, Oscar foi vice-campeão chinês, campeão da Copa da China e semifinalista da Champions asiática logo em sua primeira temporada, sob o comando do português Vitor Pereira, hoje no Corinthians, e ao lado dos brasileiros Hulk e Elkeson, atualmente em Atlético-MG e Grêmio, respectivamente.



Ele era o meia-central do Shanghai, jogador mais ofensivo do setor e coração da equipe, raras vezes atuando recuado. Isso fez com que em quase todas as temporadas tivesse números de dois dígitos em assistências para gols na liga chinesa. O melhor desempenho foi em 2018, quando se consagrou com o título do campeonato, 12 gols e incríveis 22 assistências - números recordes em sua carreira toda para um só torneio.

A partir de 2019, Oscar começou a apresentar também outras facetas, voltando a atuar na ponta-esquerda em algumas partidas, jogando também como meia mais recuado de vez em quando, e até mesmo como centroavante. Nessa temporada, seu desempenho individual foi bom, com 14 gols e 23 assistências. Mas, no coletivo, conquistou apenas a Supercopa da China.



Até que em 2020, o cenário do futebol chinês mudou de vez com a pandemia de Covid-19. Se já havia um movimento para reduzir os salários astronômicos dos jogadores, nesse momento as patrocinadoras começaram a sair de cena. A SIPG, empresa do ramo imobiliário que investia no Shanghai, abandonou o clube em meio ao crash que atingiu o setor no país. A partir daí, o clube, que se chamava Shanghai SIPG, passou a "assinar" Shanghai Port.

O Campeonato Chinês ficou mais curto, o investimento foi minguando - e os jogadores estrangeiros, grande marca da liga do país, também. Logo Elkeson e Hulk deixariam o clube. Mais tarde, seria o austríaco Arnautovic. Hoje, apenas Paulinho, atacante formado no Bahia e com passagens por Porto e Portimonense, joga no Shanghai. Oscar acompanhou toda essa mudança no futebol chinês, mas não mudou seu futebol.


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Imagem: Divulgação

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