Extra:
Os resultados não permitem qualquer otimismo, mas internamente o Flamengo se
vê mais unido para superar a pior sequência que o clube vive desde 2015 e
buscar uma arrancada no momento certo da temporada. Entre diretoria, jogadores
e comissão técnica há a ideia de que, apesar de as vitórias não surgirem de
imediato, o trabalho de Dorival Júnior tem aproveitado o pouco tempo
disponível para recuperar jogadores, fazer ajustes táticos e também ajustes de
melhoria física.
Assim, se as duas derrotas para o Atlético-MG — pelo Brasileiro e pela Copa do
Brasil — ainda não deram sinais de que o elenco atingiu o potencial que dele
se espera, a disposição do grupo ao menos sinalizou unidade no vestiário para
superar o momento difícil. São cinco derrotas em seis jogos, crise política e
um cenário desafiador nas próximas três semanas, com os jogos das oitavas de
final da Libertadores e a volta da Copa do Brasil.
A ideia é que haja evolução gradativa na equipe para que se ache um caminho a
seguir sob o novo comando. Dorival Júnior tem tentado dar confiança ao elenco
para que a resposta venha o quanto antes. A questão física tem pesado tanto
quanto o desempenho técnico individual para boa parte dos jogadores. Haverá
avaliação do elenco para saber se existe necessidade de preservar alguém para
o jogo de amanhã, contra o América-MG, no Maracanã, pelo Brasileiro.
Com a falha de Diego Alves na última partida, Santos tem chances de
reaparecer. O goleiro viajou para Belo Horizonte para seguir treinando com o
grupo no final da transição física.
O esquema com Willian Arão ao lado de João Gomes surtiu efeito para que a
equipe tivesse uma pegada mais firme, mas nomes como Arrascaeta, Everton
Ribeiro e Gabigol deixaram a desejar. O técnico indicou que gostaria de dar
mais minutos a Vitinho e também a Pedro. Outro que aproveitou oportunidade foi
o jovem Lázaro, com o gol que deu esperança para a classificação às quartas de
final diante do Atlético-MG.
A declaração do atacante Gabigol, que sequer finalizou em Belo Horizonte, deu
o tom do sentimento interno dos jogadores.
— Temos outro final de semana e depois vamos para a Libertadores. Quando eles
(Atlético-MG) forem lá vão conhecer o que é pressão e o que é inferno —
avisou.
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Imagem: Divulgação