Uol:
Dentro de campo, o Flamengo vive a pior fase em sete anos. O time acumula três
derrotas consecutivas, marca que não acontecia desde novembro de 2015. No
Brasileirão, são 12 pontos em 11 jogos, e a partida de hoje (15), contra o
Cuiabá é encarada com o peso de uma virada de chave. O duelo no Maracanã
começa às 20h30 (de Brasília).
O Fla vive momentos que parecia ter deixado para trás e flerta com a zona de
rebaixamento após temporadas de reconstrução. As derrotas para o Fortaleza,
lanterna da competição, para o Red Bull Bragantino, que não vencia há nove
jogos, e para o Internacional, que não havia vencido ainda com o atual técnico
no Beira-Rio neste nacional, trouxeram à tona a turbulência, mas trocaram um
pouco o holofote.
Se antes Paulo Sousa era um dos principais alvos das críticas, a chegada de
Dorival Júnior faz com que a responsabilidade caia mais sob o elenco e a
diretoria rubro-negra. O presidente, Rodolfo Landim, e o vice-presidente de
futebol, Marcos Braz, estão no foco dos protestos, tanto da torcida quanto
internamente. O momento de pressão divide opiniões na Gávea e a base aliada se
vê cada vez mais crítica ao mandatário e sua gestão.
Dorival chega com a confiança e o respaldo da torcida para fazer mudanças
necessárias no elenco, que já é apontado como o principal culpado pela pior
fase vivida pelo rubro-negro em sete anos. Os jogadores em maioria são
consagrados na história do Fla, visto que conquistaram a Libertadores pelo
clube após 38 anos, no entanto, a necessidade de reformulação é o motivo das
críticas e protestos.
"Em um momento como esse, ficar apontando seria muito simples. Agora é apontar
o dedo para nós, ver o que podemos melhorar. Precisamos de uma cobrança maior
em todos sentidos, dedicação, fazendo com que mudemos nossa chave. O Flamengo
não pode ter esse tipo de comportamento. Temos de ter equilíbrio e
tranquilidade", disse Dorival, após a estreia, com derrota, para o
Internacional.
A partida contra o Cuiabá marca, de fato, a nova era de Dorival no Fla. O
técnico chegou às pressas e concedeu os primeiros treinamentos ontem (14) e
anteontem (13). A missão de imediato é espantar a má fase e não igualar a
sequência de 2015, quando acumulou quatro derrotas: Figueirense (3x0),
Internacional (0x1), Corinthians (1x0) e Grêmio (2x0).
Outro desafio do técnico é igualar as expectativas à realidade. O bom
desempenho de 2019 e parte de 2020 ainda está no imaginário do torcedor, o que
torna a performance atual um dos motivos de protesto. Com os jogadores
criticados e a atuação cobrada, Dorival parece ter carta branca para tentar
soluções.
O alerta do Flamengo está ligado para fugir da zona do rebaixamento, e Dorival
busca a vitória para ter a tranquilidade que deseja para trabalhar. Além do
Brasileirão, que o técnico precisa recuperar da campanha oscilante, o Fla
inicia as decisões das oitavas da Copa do Brasil e da Libertadores ainda neste
mês. A reação imediata é vista como ponto central para o restante da
temporada.
Bruno Henrique atinge marca
Referência no ataque do Fla, e velho conhecido de Dorival, Bruno Henrique
completa feito histórico na carreira. Ao entrar em campo contra o Cuiabá, o
atacante completará 400 jogos como profissional.
Até o momento, são 185 jogos pelo Rubro-Negro, com 79 gols e 44 assistências.
O atacante ganhou destaque na passagem pelo Santos, quando, inclusive, chegou
a ser comandado por Dorival. Na equipe da Vila, foram 88 partidas: 20 tentos e
14 passes para gol.
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Imagem: Divulgação