Uol:
Uma polêmica marcou a vitória por 1 a 0 do Botafogo sobre o Flamengo, no
último domingo (8), pelo Brasileirão. Quando a partida ainda estava 0 a 0 no
estádio Mané Garrincha, Gabigol foi às redes após receber passe de Everton
Ribeiro. O VAR entrou em ação, apontou impedimento do atacante na jogada e o
lance foi anulado, para revolta dos rubro-negros. O lance gerou grande
discussão sobre o momento em que a linha foi traçada pela arbitragem de vídeo.
No programa Cartão Vermelho #10, transmitido ao vivo pelo UOL Esporte nesta
terça-feira (10), os jornalistas Juca Kfouri e José Trajano discutiram sobre o
uso do VAR no futebol brasileiro. Para ambos, o uso da arbitragem de vídeo tem
criado ainda mais polêmicas do que ajudar a resolver lances duvidosos.
"Houve uma polêmica no gol anulado do Gabigol, se pegaram o frame errado ou
não e se ele estaria ou não impedido. Começo por achar sempre o seguinte: a
existência do VAR exige que a regra do impedimento seja mudada. Você tem que
ficar dentro do espírito da lei, e ela diz que o jogador não pode levar
vantagem em relação à defesa. É óbvio que três centímetros do ombro do Gabigol
não lhe dão vantagem. Alguma coisa precisa ser feita para que isso mude",
opinou Juca.
Para Trajano, a arbitragem de vídeo tem sido um grande problema no Brasil.
"Foi uma polêmica enorme e teve gente que até pegou régua para medir. Olha, o
VAR atrapalha bastante, principalmente no futebol brasileiro", comentou. Juca
acrescentou: "Olha como se usa o VAR na Premier League e como se usa por
aqui", disse o colunista do UOL, ao se referir à rapidez na tomada de decisões
e ao menor número de intervenções.
Nas redes sociais, Gabigol questionou o impedimento, o que gerou uma série de
provocações dos rivais botafoguenses - como o youtuber Felipe Neto. Com a
derrota, o Flamengo permaneceu com apenas cinco pontos ganhos em cinco rodadas
no Brasileirão. Já o Botafogo foi a oito pontos. Juca questionou o conteúdo
dos áudios do VAR no lance.
"O que mais me chamou a atenção, e estou esperando até agora que a comissão de
arbitragem da CBF responda, é que por duas vezes você ouve alguém falar 'Ainda
temos tempo'. Temos tempo do quê? Agora se exige que a decisão saia em dois
minutos? É bom saber, porque a pressa é inimiga da perfeição", completou.
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Imagem: Divulgação