Por Diogo Dantas | Extra:
Depois do quarto jogo seguido sem vitória pelo Campeonato Brasileiro, Paulo
Sousa começa a ver seu prazo de validade no Flamengo vencer. São quatro meses
sem a evolução esperada do time, o que faz a diretoria debater até que ponto
vale insistir em sua permanência. O tema veio à tona entre os dirigentes após
o empate com o Ceará no sábado.
O treinador não tem o mesmo respaldo do vice-presidente de futebol, Marcos
Braz, e do diretor Bruno Spindel, ambos também pressionados. A pequena
interlocução entre a dupla e o técnico sinaliza um momento de observação final
ao longo dos próximos cinco jogos, que serão todos no Maracanã.
A começar pela Universidad Católica, amanhã, na Libertadores. Em seguida,
Goiás, Sporting Cristal, Fluminense e Fortaleza. Insatisfeita, as torcidas
organizadas têm se manifestado contra a gestão do futebol e o treinador, e o
clima de protesto da última semana deve ser visto também no Rio.
A leitura interna é que esse cenário pode tornar o clima para a permanência de
Paulo Sousa insustentável. Mas tudo dependerá da avaliação do presidente
Rodolfo Landim, que não tem se preocupado em ouvir cobranças no clube ou fora
da Gávea.
Nesse sentido, especular possíveis substitutos é precoce. O que se sabe é que
Jorge Jesus avisou que teria disponibilidade de esperar até o dia 20 de maio,
mas a resistência interna é grande, sobretudo de Landim. O português tem
ofertas na mesa e aceita esperar o Flamengo até o começo de junho.
Outro nome livre visto como opção é Cuca, que foi campeão no Flamengo em 2009
e estaria disposto a aceitar um eventual convite. Não houve procura por parte
do Flamengo, porém, e o nome divide a torcida na internet.
Paulo Sousa tem contrato até o fim de 2023 e multa rescisória em caso de
demissão que equivale aos salários restantes até o fim de 2022.
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Imagem: Divulgação