Por Letícia Marques | Uol:
Na noite de hoje (17), o Flamengo encara o Universidad Católica, às 21h30, no
Maracanã, pela quinta rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. Em meio à
pressão interna e insatisfação da torcida com o elenco, Arrascaeta, Bruno
Henrique e Gabi surgem como esperança para afastar a crise e manter escrita na
competição continental.
Após 27 dias longe do Maracanã, o Flamengo retorna ao estádio assombrado pela
pressão sobre Paulo Sousa e imerso nas críticas à gestão de Rodolfo Landim.
Este jogo, além da possibilidade do time carioca em garantir a vaga nas
oitavas de final, marca o início de uma sequência de jogos em casa, que
internamente é vista como a 'chance final' para o técnico potuguês.
Para respirar mais aliviado em meio à crise que conturba os bastidores, Sousa
vê o trio de ataque como um amuleto nesta temporada, principalmente, em jogos
da Libertadores. O técnico contou com os jogadores em três das quatro partidas
da fase de grupos. Arrascaeta foi a única ausência, isso porque, ficou fora da
estreia por dores no tornozelo esquerdo.
Referência desde 2019 e colecionando números expressivos, o trio foi
responsável por metade dos gols do Flamengo na Libertadores nesta temporada.
Ao todo, foram cinco tentos convertidos e cinco assistências na competição
continental. Gabi é quem soma mais participações: três bolas na rede e um
passe decisivo. Enquanto isso, Bruno Henrique marcou uma vez e se consolidou
como o 'garçom' do trio: quatro assistências. Arrascaeta, por sua vez,
balançou as redes apenas uma vez.
Cabe destacar que, na última partida pela Libertadores no Maracanã, quem
brilhou foi a peça que transforma o trio em quarteto: Everton Ribeiro. Contra
o Talleres, o camisa 7 marcou dois gols, que juntos ao tento de Gabi, levou o
Flamengo a vitória pela segunda rodada na fase de grupos.
Além disso, o Rubro-Negro coleciona um retrospecto positivo na competição
continental. O clube carioca não perde jogando em casa desde 3 de abril de
2019, quando foi derrotado pelo Peñarol, no Maracanã. De lá para cá, foram 12
vitórias e três empates. Ou seja, este foi o único revés da gestão Landim como
mandante na Libertadores.
Apesar dos números positivos e do protagonismo no continente, o presidente
Rodolfo Landim vive clima de tensão nunca antes visto em sua gestão. O
presidente se torna o principal alvo em meio a crise que abrange da Gávea ao
Ninho e tem como um dos motivos o respaldo ao técnico Paulo Sousa, mesmo com o
desempenho recente do elenco.
A arquibancada do Maracanã, por sua vez, se torna aliada a técnico que está
marcado pela desconfiança. No entanto, Sousa reforça a necessidade de apoio da
torcida do Flamengo para aliviar o momento interno.
"O torcedor já passou por vários momentos, o torcedor tem muito amor por
esse clube. Ele vai apoiar na dificuldade de resultados. Merecemos, estamos
trabalhando. Os momentos não têm sido benéficos, mas vamos focar no que
acreditamos e isso vai virar", disse o treinador português, após empate com o Ceará, no último sábado
(14), pelo Brasileirão.
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Imagem: Divulgação