Gazeta e GE: O Flamengo tropeçou
na estreia do Campeonato Brasileiro. Os cariocas ficaram no empate com o
Atlético-GO, em Goiânia e o técnico Paulo Sousa elogiou a atuação da equipe,
mesmo com o resultado.
“Tivemos no início posse, mais capacidade de atacar a profundidade. Só o
último passe que não gerou gol. Não cedemos nada ao adversário. Numa segunda
parte, tivemos bem melhor na frente, entre os extremos e os volantes. Faltou
só um pouco mais de proximidade”, disse.
“Numa precipitação nossa, com passe vertical, onde nossas linhas estão
distantes, acabamos por perder a bola e demos oportunidade ao adversário
fazer o gol. Tivemos decisões boas, reagimos, Everton entrou muito bem,
sendo sempre o homem de superioridade. Criamos bastante, obrigamos a fazer
faltas, escanteios, tivemos oportunidades para fazer mais”, completou.
O português se irritou durante a coletiva quando questionado sobre a tática do
Flamengo. Paulo Sousa afirmou que todos no clube sabem como ele quer que o
time jogue.
O repórter Rafla Melo mencionou que ouviu xingamentos de alguns torcedores
direcionados a Paulo Sousa e questionou o sistema de jogo rubro-negro, se
seria mantido. Segue o diálogo abaixo:
- Penso que nenhum de nós ouviu esses xingamentos. Com certeza você deveria
estar mais perto dessas pessoas. Qual é o sistema que jogamos, que eu não
conheço bem?
- retrucou Paulo Sousa.
Repórter - Três zagueiros, dois alas e três volantes.
Paulo Sousa - Com bola ou sem bola?
Repórter - Os dois.
Paulo Sousa - Tá errado. Tem que ver bem mais e está errado o que você
está dizendo. Porque defendemos com uma linha de quatro. Você viu isso ou viu
linha de três?
Repórter - Alternando durante o jogo.
Paulo Sousa - Alternando? Quando? Quando perdemos a posse de bola? Não,
mantivemos a linha de três. É o momento de transição, estamos organizados para
sermos ofensivos e defendemos em quatro. Temos um jogador mais alto, que
normalmente é o nosso lateral. Quando entramos em organização defensiva,
muitas das vezes temos uma linha de quatro com dois volantes, dois pontas e
mais um ou dois, dependendo da estratégia da equipe.
Paulo Sousa - É híbrido, dinâmico e procuramos aquilo que, no momento
da construção, tenhamos maior largura, com maior superioridade de construção a
ligar mais vezes no meio de campo adversário com essa mesma superioridade.
Seja em profundidade, largura, tendo vários jogadores no corredor central em
que tentamos ter superioridade numérica para tentar fazer a diferença entre
superioridade que podemos encontrar no corredor central ou igualdade temporal,
momentânea, no corredor lateral em que, no ataque, também temos que fazer
diferenças.
“Desde Lisboa a diretoria sabia perfeitamente o que e como eu gostaria de
fazer. Acho que foi bem reforçado pelo Marcos Braz na coletiva no Ninho que há
um entendimento direto, uma conversa direta. Sabemos perfeitamente que linha
queremos obter e foi bem reforçado pelo Marcos. Agora é dar continuidade a
tudo aquilo que tem vindo a ser essa construção”, declarou.
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Imagem: Reprodução
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