Coluna do Fla:
A pirataria é uma prática mais do que normal no Brasil e no mundo, com
inúmeros prejuízos causados pela comercialização não oficial de itens. Um dos
principais exemplos está relacionado às camisas de futebol, visto que a
falsificação gera prejuízo de R$ 2 bilhões aos clubes. No país, Flamengo é um
dos maiores afetados.
Segundo o presidente do Fórum Nacional contra Pirataria e Ilegalidade (FNCP),
Edson Vismona, os times carioca e paulista são donos dos itens mais vendidos
entre clubes brasileiros. O mandatário da associação conversou com o UOL, e
explicou um pouco sobre os prejuízos causados pela falsificação.
“As camisas de times brasileiros mais vendidas são de Flamengo e Corinthians.
As duas juntas somam 3,7 milhões de camisas no mercado mundial. O Bayern (ALE)
vende sozinho 3,2 milhões. É evidente que nosso potencial de arrecadação com
clubes é muito grande. Estamos falando de uma evasão de 40% a 50% de produtos
falsos, que, portanto, que não geram arrecadação para os clubes. Há um
potencial enorme de crescimento, de financiamento dos clubes via material
esportivo”, disse Edson Vismona.
O levantamento feito pelo Fórum Nacional contra Pirataria e Ilegalidade (FNCP)
mostra que, quatro a cada dez camisas de futebol comercializadas são
falsificadas. Em 2020, a prática ilegal gerou um prejuízo de 2 bilhões de
reais aos cofres dos clubes – em âmbito mundial. O mandatário da associação
também destrinchou a prática e dividiu a responsabilidade entre os “culpados”.
“O consumidor é movido pelo preço. Várias pesquisas perguntam: você compra
produto pirata? 66% afirma que sim. E a segunda pergunta é: por quê? Porque é
mais barato. E por que é mais barato? Porque não paga imposto. É uma sequência
de culpados. O imposto é alto [chega a representar até 40% do custo na cadeia
de produção], onera o fabricante, a indústria, e é embutido no preço. Fica
caro”.
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Imagem: Divulgação
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