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Atentados contra ônibus e episódios de violência contra as delegações de times
brasileiros têm acontecido em frequência alta nos últimos anos. Só em 2022, os
jogadores de Grêmio, Bahia e Paraná foram agredidos. O Flamengo passou por
situações de risco, em 2019, e adotou medidas visando a segurança dos atletas,
especialmente em embarques e desembarques nos aeroportos. Desde então, o clube
têm optado por saídas onde não não haja qualquer contato e interação.
O episódio que marcou a mudança logística foi em 20 de julho de 2019. Após a
eliminação para o Athletico, nas oitavas da Copa do Brasil, o elenco foi
cercado e intimidado, com os jogadores sendo quase agredidos. O capitão Diego
foi um dos mais cobrados pelos torcedores no local, enquanto só o técnico
Jorge Jesus parou para ouvir e conversar com os presentes. Dias depois, a
equipe do Mister avançou na Libertadores, passando pelo Emelec (EQU) nos
pênaltis, e a recepção em Salvador - palco do jogo contra o Bahia pelo
Brasileirão - foi de euforia e apoio, mas de muita dificuldade para os atletas
chegarem ao ônibus.
Além da segurança, a logística adotada na "Era Jorge Jesus" também foi visando
dar mais conforto e proporcionar um maior descanso e recuperação aos jogadores
em meio às muitas viagens. A comissão técnica e o Mister Jorge Jesus viam
importância em elevar o padrão do clube nesse aspecto.
Posteriormente, com a pandemia da Covid-19, os protocolos também foram
adequados para minimizar o risco de contágio entre os jogadores. O contato
mínimo com a torcida em aeroportos, contudo, segue. A interação com a torcida
costuma acontecer no hotel, de maneira organizada.
Na chegada e saída do estádio - onde aconteceram os graves incidentes com as
delegações de Grêmio e Bahia -, a delegação do Flamengo conta com a escolta
das forças de segurança. No caso do Rio de Janeiro, é a Polícia Miliar e o
BEPE (Batalhão Especializado em Policiamento de Estádio) que dão o apoio ao
clube, tanto no dia das partidas quanto nas reuniões de segurança que as
precedem.
Exemplo do "sucesso" da logística implementada pelo Flamengo aconteceu em
fevereiro, quando torcedores foram ao Aerporto do Galeão, na Ilha do
Governador, após a derrota da equipe de Paulo Sousa para o Atlético-MG, em
Cuiabá, na Supercopa do Brasil. A delegação deixou o local por uma saída
alternativa, evitando contato com os membros de uma torcida organizada.
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Imagem: Divulgação