Por Menon | Uol:
O português Paulo Sousa implantou novidades nos treinamentos do Flamengo. E
está sendo criticado por jogadores aposentados que trabalham na televisão.
E quais foram as atitudes de Paulo Sousa que incomodaram tanto? Ele foi pego
sem máscara? Estava na balada? Participou do rachão e machucou alguém?
Não. Nada disso.
As críticas sugerem inconformismo com o profissionalismo de Paulo Sousa. E uma
defesa nostálgica do futebol do passado. No nosso tempo que era bom, é a
mensagem dos aposentados.
A crítica mais leve foi de Zé Elias. Ele reclamou de um telão que Paulo Sousa
pediu para a diretoria instalar em campo. Tecnologia para monitorar os erros.
Em tempo real. Zé Elias acha que um monitor pequeno, no vestiário, teria o
mesmo efeito prático. O de Paulo Sousa seria exagero.
O telão também incomodou Cicinho. Suas críticas deixam claro uma falta de
profissionalismo que sempre atrapalhou sua carreira. O resumo de suas
críticas: brasileiro não gosta de preleção, brasileiro é peladeiro e gosta de
chinelo.
Parece jogador de várzea falando e não alguém que chegou à seleção.
Será que ele falou com jogadores do Flamengo? Ou está lembrando apenas de seu
tempo de jogador.
Ronaldo Giovanelli fez as críticas mais bizarras. Para ele, Paulo Sousa não
chega ao Carnaval .
Por causa de resultados ruins?
Nada disso. Porque Paulo Sousa exige que refeições pós jogo sejam feitas no
clube, seguindo dieta de nutricionista. E sem celular à mesa.
É normal e importante que os clubes tenham preocupação com a alimentação de
atletas de alto nível. Ninguém almoça feijoada antes do jogo. Por que vai
comer rabada depois da partida?
Para Ronaldo, a exigência da alimentação balanceada e a ausência de celulares
podem fazer o português perder o vestiário e cair. Ou despencar, como diz
Cicinho.
Os jogadores do Flamengo deveriam protestar contra a insinuação. Ronaldo está
dizendo ou querendo dizer que eles não estão prontos para o profissionalismo,
não estão querendo aprender e, mais grave, estão prontos para derrubar um
treinador.
As críticas de Ronaldo e Cicinho mostram muito do tipo de profissionais que
eram. Ou não eram. E também do tipo de homens de comunicação que se tornaram:
língua afiada contra novidades e sempre prontos para uma polêmica vazia.
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Imagem: Divulgação
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