Uol:
Aconteceu no vestiário do Estádio Nilton Santos, logo depois da derrota no
Fla-Flu. Um clima até sereno no vestiário rubro-negro, compreensível para um
jogo de início de Carioca, mesmo com o contexto de terceira derrota
consecutiva para o grande rival atual no Rio de Janeiro.
Mas o tom de uma conversa entre lideranças do elenco testemunhada por Paulo
Sousa não agradou. Como se não fosse importante e "no final, a gente é que
levanta a taça". "Eles comemoram agora, mas nós somos os tricampeões".
Atmosfera parecida na Supercopa do Brasil, em Cuiabá. "Essa taça que eles
estão festejando nós temos duas!" foi o que se ouviu na saída do gramado. Por
isso a insistência do treinador português com o termo "fome" na coletiva após
a derrota nos pênaltis para o Atlético Mineiro.
"O que me parece é que nossa equipe tem que dar um passo diferente. É uma
equipe que há quatro anos construiu vitórias importantes pelo talento. Hoje,
em termos de espírito, é uma equipe que tem que ter a mesma fome de conquistas
do início da construção desse elenco", afirmou Sousa.
O clima não é de "já ganhou", mas de "já ganhamos". Ou seja, faz parte perder
agora, o "importante é chegar" e o grupo no dia a dia está sempre lembrando as
conquistas de 2019/20.
O próprio comportamento de Gabigol nas redes sociais, respondendo as
(injustas) acusações de "pipoqueiro" por não ter sido o responsável pela
primeira cobrança na segunda série, logo depois de Hulk, é um bom exemplo
desse hábito. Sempre lembrando feitos passados, recordes batidos. Mesmo que a
realidade seja de três vices seguidos: Libertadores, Brasileiro e Supercopa.
Só que Paulo Sousa chegou agora e precisa de vitórias e conquistas para ter
paz e estabilidade. Ele não participou dos títulos passados e deseja fazer
história no Flamengo. Por isso o recado foi dado com veemência. Vejamos se o
grupo reage com caráter e espírito vencedor ou se queimará mais um treinador
que fala o que pensa.
VEJA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Imagem: Divulgação
Tags
Paulo Sousa