Uol:
Douglas Hassel, torcedor do Flamengo que foi baleado no Uruguai horas após a
final da Libertadores , realizada no último sábado (27), enfrenta problemas
para retornar ao Brasil. Segundo nota da companhia aérea GOL, o contratempo se
deu "devido à ausência de preenchimento do MEDIF, sigla em inglês para Medical
Information Form".
Segundo explica a empresa, "o MEDIF é o documento que comprova a condição de
quem precisa de atenção médica ou equipamentos especiais durante o voo". Ainda
em nota, a GOL afirma que "durante as tratativas, toda a assistência e
orientação foi passada ao passageiro. Em caráter de cortesia, pode oferecer
novo voo mediante preenchimento do MEDIF e disponibilidade extra de assentos
nos próximos dias".
Douglas levou um tiro após a partida contra o Palmeiras , em Montevidéu, e
teve de ser internado. Segundo o repórter Miguel Chagas, do "Montevideo
Portal", Hassel sofreu uma lesão da espinha tibial do joelho esquerdo, o que
afetou o ligamento cruzado anterior. Os tiros teriam sido efetuados por um
motoqueiro que vestia roupas escuras.
A "Raça Rubro-Negra", uma das organizadas do Flamengo, realizou uma campanha
para arrecadar fundos para comprar a passagem de volta de Douglas, alegando
que o seguro do torcedor não cobria. O meia Arrascaeta contribuiu e, na última
segunda-feira, chegou a gravar um vídeo dizendo que o rubro-negro "amanhã já
está retornando ao Brasil".
Veja nota da GOL na íntegra:
" A GOL informa que o embarque de Douglas Hassel de Salles, no voo G3 9465,
entre Montevidéu (MVD) e o Galeão (GIG), operado nesta quarta-feira (1/12),
foi negado devido à ausência de preenchimento do MEDIF, sigla em inglês para
Medical Information Form.
O MEDIF é o documento que comprova a condição de quem precisa de atenção
médica ou equipamentos especiais durante o voo. O formulário deve ser
preenchido pelo médico do passageiro e enviado à GOL entre 15 dias e 72
horas antes do embarque, o que não foi feito neste caso. Após análise
criteriosa do formulário, nossa equipe emite um parecer que certifica a
aptidão ou não do passageiro em fazer a viagem aérea. Se existir alguma
dúvida em relação ao preenchimento do MEDIF, ou a necessidade de exames
adicionais, eles poderão ser solicitados sem ônus para a GOL.
Ao se apresentar no check-in, o passageiro foi informado que para o
embarque seria necessário o preenchimento do MEDIF e que a resposta padrão
para estes casos ocorre em até 48 horas. Esta prática é praxe entre todas as
companhias aéreas e está amparada nos regulamentos nacionais e
internacionais para embarque de pessoas em estado de saúde crítico.
No momento do check-in, além da ausência do MEDIF, foi detectada a
necessidade do passageiro de se manter imóvel e que, por isso, não seria
seguro para ele seguir no voo, já que a Companhia não seria capaz de
garantir as condições necessárias. O preenchimento do MEDIF é necessário
também para solicitação das necessidades médicas específicas para casos de
passageiros enfermos. A partir daí, a Companhia pode informar o passageiro
sobre eventuais taxas e serviços que podem ser adquiridos para o
transporte.
Durante as tratativas, toda a assistência e orientação foi passada ao
passageiro. Em caráter de cortesia, a GOL pode oferecer novo voo mediante
preenchimento do MEDIF e disponibilidade extra de assentos nos próximos
dias. Todas as informações sobre o serviço podem ser encontradas no site da
Companhia
www.voegol.com.br/informacoes/assistencia-especial/atestados-medicos-e-outros-formularios
".
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Imagem: Reprodução
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Torcida