Uol: O Flamengo enfrentou ontem o São Paulo , no Morumbi, com um time mais
próximo do completo, tendo ausentes entre os titulares apenas o goleiro Diego
Alves, os laterais Isla e Filipe Luís, além do meio-campista Arrascaeta. E a
atuação do time comandado por Renato Gaúcho foi dominante, com 4 a 0 e
correndo poucos riscos no momento em que se aproxima a final da Libertadores
contra o Palmeiras, que ocorre no dia 27, em Montevidéu.
No podcast Posse de Bola #178 , Mauro Cezar Pereira cita o primeiro gol do
Flamengo como reflexo da pressão na saída de bola, característica adotada
desde o período de Jorge Jesus, afirmando que basta que o técnico Renato
Gaúcho não invente na forma de jogar do time para que ele possa fazer boas
partidas.
"Quando Renato não atrapalha, as coisas podem caminhar melhor. Quando não
atrapalha é quando ele não recua o time em demasia, quando ele não coloca o
time para sair das suas características, ele pegou um time que saber o que
fazer. Eu acho que ontem pesou muito a atuação do Everton Ribeiro, muito boa,
fez uma grande partida", diz Mauro.
"O primeiro gol eu acho que tem muito mérito do Flamengo porque essa pressão
no campo do adversário é uma característica que vem lá do tempo do Jesus e era
muito presente tanto no time do Dome como no time do Rogério Ceni. Com o
Renato, hora funciona, hora o time não atua dessa maneira, ontem atuou",
completa.
O jornalista afirma que o Flamengo muda o cenário com o time não tão
desfalcado, desde que o treinador não faça mudanças na forma de jogar, como
ocorreu no segundo tempo da partida contra o Athletico-PR pelo Brasileirão.
"O time do Flamengo mais inteiro, não está completo, ontem faltaram quatro
jogadores, o goleiro Diego Alves, o Isla, que está na seleção, o Filipe Luís
voltando ainda de lesão, não está 100%, mais o Arrascaeta, além de reservas
como Diego e como Pedro, mas os titulares eram quatro, mas já é um time mais
encorpado do que de alguma jogos recentes, um time muito desfigurado, muito
modificado como contra o Atlético-GO ", diz Mauro Cezar.
"Esse time mais inteiro, aí a conversa é diferente, é só o Renato não inventar
de recuar, como fez contra o Athletico-PR, contra o Defensa y Justicia lá na
estreia e outras decisões, colocar o time no 4-2-4 com aquelas mudanças
malucas, como na derrota para o Grêmio ", completa.
Ele destaca, porém, que não dá para empolgar apenas com o resultado diante do
São Paulo, lembrando que dias antes o Flamengo não passou de um empate com a
lanterna Chapecoense .
"Eu só acho perigoso esse negócio de muitos torcedores que veem uma vitória
como a desse domingo e ficam empolgados, acham que está tudo bem e esquecem
atuações ridículas como menos de uma semana antes contra a Chapecoense, que
foi um horror. O Flamengo é muito extremo também, faz um bom jogo, um ótimo
jogo, mas antes tinha feito um jogo horroroso", diz Mauro.
"Como será a próxima partida contra o Corinthians ? Não sei, não tenho a menor
ideia, porque realmente o time é muito irregular também com relação ao nível
de atuações que apresenta. Mas mais inteiro a coisa muda, contra o Corinthians
parece que a tendência é jogar mais completo ainda do que no jogo contra o São
Paulo, até para que todos tenham ritmo de jogo já pensando no jogo de dez dias
depois, que é a decisão da Libertadores", conclui.
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Imagem: Divulgação
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